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Crítica | Tár

  • Foto do escritor: Gustavo Pestana
    Gustavo Pestana
  • 26 de jan. de 2023
  • 2 min de leitura

2023 | 2 h 38 min | Drama – Musical  

Tár (Universal Pictures/Divulgação) 

(Universal Pictures/Divulgação


“Tár” traz como tema central o debate entre a separação do artista para sua obra, e se é possível admirar a arte desta pessoa, mesmo que ela seja completamente⁣ detestável.⁣  

 

O longa segue a história de Lydia Tár (Cate Blanchett), uma renomada maestrina, regente da Orquestra Filarmônica de Berlim e uma das artistas mais conceituadas em seu ramo, o fato de ser uma mulher dentre este meio torna seus feitos ainda mais importante, ganhando destaque ao se tornar a primeira diretora da Filarmônica e se preparando para momentos importantes em sua carreira, como o lançamento de seu livro de memórias e a gravação de uma grande sinfonia, mas sua trajetória de sucesso também é marcada por enormes controvérsias e uma série de atitudes no mínimo questionáveis, já que ela tem um histórico de comportamentos controladores, abusivos e narcisistas.⁣  

 

O filme de Todd Field caminha em um crescente de angústia e inquietação, onde temos no início de sua jornada um peso maior em minha visão, tornando-o um pouco cansativo, mas que é de estrema importância para apresentar o público a maneira que o filme irá contar sua história, dando foco nos sentimentos das personagens utilizando breves momentos em que temos música, e diversas vezes com o simples silêncio, trazendo uma dramaticidade e diversos sentimentos para nós que estamos assistindo.⁣  

Tár (Universal Pictures/Divulgação) 

(Universal Pictures/Divulgação


No início, Lydia se mostra uma mulher voraz, de argumentação coerente e ácida, e durante toda a produção vemos ela desmoronar e começamos a entender que a personagem não é tão simples quanto imaginávamos ser, trazendo diversas camadas para ela, tornando algo complexo e grandioso.⁣  

 

Fugindo da maneira óbvia para contar sua história, o longa faz de seus densos monólogos uma experiência cinematográfica inesperadamente angustiante, trazendo debates e sentimentos para todos que o estão assistindo.⁣  

 

E no final, a principal pergunta que o filme nos faz é: é possível e preciso separar a obra do artista? 


Nota

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