Crítica | Não Olhe Para Cima
- Fagner Ferreira
- 21 de mar. de 2022
- 1 min de leitura
2022 | 2 h 18 min | Comédia – Drama – Ficção cientifica

(Netflix/Divulgação)
Uma ameaça está prestes a destruir totalmente a Terra, porém cientistas descobrem e resolvem alertar o eminente perigo para as principais autoridades do país. Entretanto, a estúpida ideologia política e a ganância de poder de um empresário capitalista aliena uma parte da população, os estimulando a acreditar em suas palavras e remar contra a maré.
“Não Olhe Para Cima” foi idealizado muito antes da pandemia do coronavírus e caiu como uma luva para o tempo atual. Polêmico por parte daqueles que descreditam da ciência, Adam McKay, que também escreveu o roteiro, chega até ser mais conservador neste seu filme. Sua visão é descontraída, desesperadora e bastante compreensível diante do fato.
Se para ele foi uma conduta indireta para o antigo presidente norte-americano, ela serviu extremamente para o nosso e dos seus eleitores. O grande magnetismo de “Não Olhe Para Cima” é justamente a ciência e o seu árduo trabalho.

(Netflix/Divulgação)
O desenvolvimento da trama escancara o individualismo e as manobras para abocanhar por mais tempo o poder de governar uma nação. Leonardo DiCaprio e Jennifer Lawrence conduzem essa agoniante trama com suas interpretações maravilhosas. Mark Rylance e Meryl Streep também estão fenomenais em seus papéis como antagonistas passivos, mas suas personalidades e filosofia são ações que conseguem incomodar até mesmo calados.
“Não Olhe Para Cima” é mais uma obra para tentar abrir horizonte, se possível, de pensamentos negacionistas. Mesmo sendo uma comédia, o drama existente é mais que um alerta, uma necessidade emergencial de combate aos ignorantes.

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