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Crítica | Morte no Nilo

  • Foto do escritor: Fagner Ferreira
    Fagner Ferreira
  • 10 de fev. de 2022
  • 2 min de leitura

2022 | 2 h 7 min | Policial – Drama – Mistério

Morte no Nilo (20th Century Studios/Divulgação)

(20th Century Studios/Divulgação)


Dando sequência às adaptações de Agatha Christie para cinema, Kenneth Branagh traz para as telonas “Morte no Nilo”, um drama policial pelo belo Egito após a boa trama em “Assassinato no Expresso do Oriente”.  

 

Branagh volta a interpretar o detetive Hercule Poirot, bem mais astuto de suas habilidades e menos frio como no primeiro filme. Suas emoções são mais transparentes no filme e o diretor utiliza os primeiros minutos da trama para humanizar o personagem que está de férias no país africano.  

 

Abrangendo mais o ambiente externo, “Morte no Nilo” passeia por belas paisagens do Egito, como as famosas pirâmides, porém o destoante fundo verde de algumas cenas pode incomodar levemente o público, mas nada que comprometa a escolha do externo sincronizado com a bela filmografia e jogo de câmeras de Branagh que focam seus personagens para no futuro torná-los essenciais para o entendimento da trama.  

Morte no Nilo (20th Century Studios/Divulgação)

(20th Century Studios/Divulgação)


Quando finalmente ocorre a primeira morte, de Linnet Ridgeway (Gal Gadot, pouco convincente no seu papel), é onde a trama começa a melhorar e o elenco começa a brilhar de vez no navio Kannax. Branagh é fenomenal e categórico no seu papel, mesmo sendo demasiadamente genial nas suas visões de detetive. Tom Bateman e Annette Bening estão ótimos em seus personagens, assim como todo o talento vocal brilhante de Sophie Okonedo. O grande destaque fica por conta de Emma Mackey saindo um pouco da adolescente rebelde de “Sex Education” e mostrando uma mulher intimidadora, dramática e bastante calculista. A atriz consegue se comunicar somente com suas expressões faciais desde o início e imprimir seus sentimentos sem precisar falar muito.  

 

Tirando todas as polêmicas envolvendo as denúncias de abuso sexual e canibalismo de Armie Hammer e as declarações antivacina de Letitia Wright, “Morte no Nilo” demonstra a fidelidade dos personagens do romance dramático com uma trama bem envolvente ao ponto de aguçar a curiosidade de quem assiste, mas não tem o mesmo carisma do elenco do primeiro filme. 


Nota

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