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Crítica | Midsommar - O Mal Não Espera a Noite

  • Foto do escritor: Fagner Ferreira
    Fagner Ferreira
  • 18 de set. de 2019
  • 2 min de leitura

Atualizado: 11 de jul. de 2024

2019 | 2 h 28 min | Drama – Terror – Mistério 

(Paris Filmes/Divulgação


Ano passado (2018), o estreante diretor sueco Ari Aster surpreendeu positivamente o gênero do terror com “Hereditário”, apresentando um carrossel de emoções de uma família que está absorvendo o seu luto de maneira introspectiva, em meio ao prelúdio dos fatos bizarros que estão por vir, os horrorizando de forma extremamente bruta.

  

Quase um ano depois de sua estreia, Aster volta com mais uma história que pretende chocar o público em sua narrativa em “Midsommar - O Mal Não Espera a Noite”.

  

Um solstício em uma pequena aldeia da Suécia onde Dani (Florence Pugh) precisa abstrair o seu luto, após a perda de sua família em um trágico acidente, ao lado de seu namorado Christian (Jack Reynor) e o grupo de amigos da faculdade dele.

(Paris Filmes/Divulgação


Por mais que as duas obras relatem as dores vividas do luto, ambos os filmes partem de premissas diferentes de condução. “Midsommar” é mais abrangente e impactante em suas conexões ao evento que transcendem o horror para os visitantes, uma visão perturbadora para demonstrar uma cultura vivaz, trazendo sacrifícios exorbitantes no meio de uma calmaria “fictícia”.  

  

O terror psicológico, que se assemelha a “Corra!”, de Jordan Peele, é construído de maneira grotesca, onde logo presenciamos duas mortes de aldeões antigos do local. O fato perturbador, em meio ao cenário extravagante contagiado pela luz que dá maior sensação de terror, traz toda a excentricidade de “Midsommar” em contextualizar tudo o que se passa em tela.

(Paris Filmes/Divulgação


Por mais sufocante que seja, “Midsommar” é ambíguo no seu propósito e conflitante com as suas demasiadas interpretações, criando um paradoxo de ideais, mesmo que sejam convenientes ao conjunto dos fatos impostos. A apatia em não aproveitar mais o elenco de apoio ou não criar uma rica gama de intensidade para eles afasta um pouco a aptidão de êxito, deixando a obra indolente.  

  

“Midsommar - O Mal Não Espera a Noite” deixa o padrão assustador de lado e arrisca na arte de amedrontar na sua conjectura ritualística, apostando em elementos mais chocantes do que os fadados “jumpscares” e usando a luz do dia como um artifício narrativo para dar sintonia gore ao seu roteiro.



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