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Crítica | Maria Callas

  • Foto do escritor: Gustavo Pestana
    Gustavo Pestana
  • 16 de jan.
  • 2 min de leitura

2025 | 2 h 4 min | Biografia – Drama – Musical

(Diamond Films/Divulgação) 


Maria Callas, assim como Jackie e Spencer, conta um recorte da vida da personagem título ao mesmo tempo, em que trabalha diversos momentos de sua vida.

 

O diretor Pablo Larraín traz Angelina Jolie para interpretar Maria. Apresentando a última semana de sua vida enquanto lidava com sua perda da voz, a vontade de voltar aos palcos e seu status como diva, além de seu vício em medicamentos.  

 

O filme foca em apresentar o vazio de sua alma e sua personalidade complicada, principalmente na encenação de sua vida, mostrando toda a relação que tinha com seus dois funcionários Ferruccio (Pierfrancesco Favino) e Bruna (Alba Rohrwacher) e seu amado Aristotle Onassis (Haluk Bilginer), mesclando momentos divertidos, dramáticos e potencialmente problemáticos.  


(Diamond Films/Divulgação) 


A parte estética do filme é simplesmente magnifica, todos os flashbacks são muito interessantes e visualmente fáceis de entender, trazendo uma estética muito singular para cada tipo de lembrança do passado, tento no quesito profissional e pessoal quanto no quesito lembrança ou registro da mídia, mas justamente por este recurso ser muito visual e ser repetido diversas vezes ao longo do longa chega o momento que fica cansativo e perde o impacto que tínhamos nas primeiras vezes.  

 

A atuação de Jolie é simplesmente maravilhosa, talvez seja a melhor apresentação de sua carreira, trazendo para tela todas as nuances de sua personagem e todos os problemas e questões que ela lidava internamente e que acabavam transbordando em momentos de fraqueza e tristeza extrema, trazendo toda a questão do vício em medicamentos, suas alucinações e o decair de sua saúde.  

 

O diretor tenta reproduzir o mesmo sentimento que tivemos em suas duas outras cinebiografias que de certa forma completam essa trilogia, mas por termos uma figura não tão popular quanto as demais e por se tratar de uma figura muito grande dentro de um nicho muito específico que é o mundo da ópera, temos uma dificuldade grande em comprar a personalidade da personagem, podendo gerar uma certa antipatia do público com a personagem, tanto pela maneira como trata os demais ou como lida com sua vida nesses momentos finais.  

(Diamond Films/Divulgação) 


O longa é arrastado e apresenta uma montagem que foca na confusão e no sentimento de alucinação que Maria tinha no final de sua vida, o que faz com que o filme fique cansativo.  

 

A parte musical é sempre um problema nestes tipos de biografias, conseguir vender que Jolie está cantando é muito complicado (até porque estamos falando de uma das maiores cantoras de ópera do mundo), e por isso em diversos momentos fica nítida essa farsa.  

 

Mas a parte técnica é muito boa e a fotografia é belíssima, e de maneira geral a história é muito forte e muito bem estruturada, e mesmo sendo inferior a Jackie e Spencer, se mostra um bom filme que vale a pena assistir, caso queira ver a brilhante atuação de Jolie, completar a trilogia de Larraín ou simplesmente por gostar de cinebiografias. 

Nota

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