Crítica | Jojo Rabbit
- Fagner Ferreira
- 30 de jan. de 2020
- 2 min de leitura
2020 | 1 h 48 min | Comédia – Drama – Guerra

(20th Century Studios/Divulgação)
O que faz uma obra de ficção ser tão brilhante aos olhos do público? A audácia de desconstruir histórias reais e dar um novo rumo “ideal” para ela, por mais séria que possa ser? A construção de um enredo bastante elaborado e enigmático com simbolismos que moldam a estrutura proposta de um determinado tema? Ou simplesmente construir a imersão de aventura em um novo universo, seja qual for ele?
Em “Jojo Rabbit”, Taika Waititi cria uma vertente simplória, buscando elementos das propostas acima, e entrega um dos melhores filmes do ano e assim se consolidando como um nome irreverente no meio do cinema, trazendo conceitos que abordam os mais variados temas, como vimos em “Thor: Ragnarok”, mesmo não sendo um dos seus melhores filmes, nem mesmo do UCM.

(20th Century Studios/Divulgação)
A desconstrução dessa Alemanha nazista passada pela visão de Jojo (Roman Griffin Davis), um menino de 10 anos fanático pelo partido, com seu quarto decorado com suásticas, cartazes que lembram um dos piores regimes extremistas que o mundo já vivenciou, que sonha em ser um soldado alemão em plena guerra mundial, porém nem tudo corre como ele havia planejado.
Para piorar (ou não) essa vivência, seu amigo imaginário é justamente a pessoa mais temida da terra até então, Adolf Hitler (Taika Waititi).
No melhor estilo Tarantino de “Bastardos Inglórios”, Taika cria uma história galhofa, bastante escrachada, sobre o nazismo.

(20th Century Studios/Divulgação)
A perfeita escolha de trazer Roman Griffin Davis como personagem principal da história só demonstra como civis inocentes, na maioria delas crianças, sofrem com esse processo de violência, aprofundando essa camada em diferentes personagens, bastando somente contemplar e ver como o trabalho do diretor é bastante clínico.
Uma genial sacada foi trazer ao elenco Sam Rockwell, Scarlett Johansson, Thomasin McKenzie e Archie Yates, ilustrando perfeitamente todos os âmbitos propostos da composição da obra, melhorando ainda mais toda a experiência que esse filme proporciona.
A irreverência despretensiosa de “Jojo Rabbit” em narrar os fatos entrega um filme divertido, dramático e cria o alarde para uma sociedade totalmente alienada de seus falsos líderes.

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