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Crítica | Filhos do Ódio

  • Foto do escritor: Ana Paula Araujo
    Ana Paula Araujo
  • 24 de jun. de 2021
  • 2 min de leitura

2021 | 1 h 45 min | Biografia – Drama 

Filhos do Ódio (Vertical Entertainment/Divulgação)

(Vertical Entertainment/Divulgação)


Há alguns anos, Lucas Till ganhava destaque nas telinhas no filme “Hanna Montana: O Filme” e no clipe “You Belong With Me” (2009) da Taylor Swift, mais adolescente impossível, mas o jovem ator foi amadurecendo e participando de outros projetos, sendo o mais recente deles: “Monster Trucks” (2016). Agora, Till encarna Bob Zellner, homem branco, filho e neto de integrantes da Ku Klux Klan, mas que dedicou seus dias para combater a violência contra os negros e a segregação racial que dominava principalmente o Sul dos E.U.A naquela época.  

 

Apesar de parecer fictício, o filme é biográfico e trata-se de uma história real. Dirigido por Barry Alexander Brown, com o roteiro também assinado por ele e com colaboração do próprio Bob Zellner. O longa-metragem se divide basicamente em duas partes, sendo a primeira, narrando a relação de Zellner com essa herança racista que ainda predominante na região Sul, onde negros não podiam partilhar das mesmas coisas que branco, como escolas, universidade e até banheiros. Brancos tinham privilégios, tinham prioridade em qualquer tipo de situação, inclusive são coisas que o personagem vivenciou e conta durante o filme.  

 

Já a segunda parte seria o divisor de águas na vida de Zellner, ele resolve se reunir com colegas de faculdade para fazer um trabalho sobre a população negra, mostrando o lado deles, as consequências dessa segregação racial e a violência sofrida por eles. A partir desse momento, Zellner e seus amigos já vão totalmente contra tudo aquilo que foram ensinados por toda sua vida. Os jovens brancos quase vão presos e, por serem considerados “traidores” por pouco não são expulsos da faculdade.  

Filhos do Ódio (Vertical Entertainment/Divulgação)

(Vertical Entertainment/Divulgação)


O radicalismo é tanto que os amigos de Zellner, resolvem ir embora por medo da repressão que poderiam enfrentar caso fossem adiante com essa causa que era acabar com a violência e as diferenças raciais. Por outro lado, Bob não desistiu, terminou a faculdade e ao longo do processo se envolveu ainda mais com movimentos sociais e políticos.  

 

Nesse meio tempo ele conheceu Rosa Parks (Sharonne Lanier), personagem real e muito importante para o fim da segregação e a implementação de leis. Ela foi uma costureira de Montgomery, que se recusou a ceder o seu lugar no ônibus para outra mulher branca.  

 

O filme que conta com a produção executiva de Spike Lee, aborda diversas situações de racismo que causam incomodo e indignação. Narra mais um dos capítulos obscuros da história americana que até os dias de hoje ainda deixa muitos resquícios desse racismo. Mas, toda a produção é muito bem-feita, desde fotografia, cenários, figurino, trilha sonora, certamente tudo muito bem escolhido e aplicado. É mais um daqueles longa-metragem que a gente assiste como se estivesse tendo uma verdadeira aula de história. 


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