Crítica | Evidências do Amor
- Gustavo Pestana
- 21 de abr. de 2024
- 2 min de leitura
2024 | 1 h 45 min | Comédia – Drama – Fantasia

(Warner Bros. Pictures/Divulgação)
“Evidências do Amor” apresenta uma linda história de amor, de aprendizado e de relacionamento, por meio de “viagens” a memórias antigas todas às vezes que Marco Antônio escuta a música “Evidências”, nos entregando uma história redonda, romântica, fofa e mais simples do que sua premissa sugere.
No longa acompanhamos a jornada de Marco Antônio (Fábio Porchat) tentando superar seu relacionamento fracassado com Laura (Sandy Leah), até que ele “ganha” a habilidade de reviver momentos chave desse relacionamento, nos apresentando momentos importantes dessa relação através das viagens, fazendo com que ele comece a entender os motivos desse término de maneira abrupta.
Construindo a história com calma, de maneira romântica, e muito carinhosa, o diretor Pedro Antônio consegue construir uma linda relação entre os personagens conforme o ponto de vista do Marco, nos fazendo ficar apaixonados pelo casal, e em seguida ele também consegue trabalhar de forma tão precisa quanto a anterior as memórias de Marco, que vão nos apresentando um novo ponto de vista, e os motivos do término vão aparecendo de maneira sutil.
Essa caminhada é muito bem construída em meio a comédia e romance, trazendo um ótimo equilíbrio ao longa, nos levando no ritmo adequado para a conclusão e para a evolução dos personagens, que mesmo que seja uma parceria entre Fábio Porchat e Sandy Leah, tem um certo desequilíbrio no sentido de desenvolvimento, já que vemos na maior parte do tempo a evolução de Marco, e muito pouco da de Laura.

(Warner Bros. Pictures/Divulgação)
Embora toda essa parte principal do longa seja muito bem construída, tenho de ressaltar que a partir do terceiro terço do longa (o que seria o tempo presente), fica um tanto quanto corrido, justamente pelo pouco desenvolvimento de Laura, caindo aqui nesta parte o desfecho da história juntamente com a apresentação da evolução da personagem, dando a sensação de correria, me fazendo ter um pouco de dificuldade em gostar da conclusão do longa, mesmo que ele traga um quentinho no coração.
A atuação tanto de Fábio Porchat quanto de Sandy Leah é muito interessante, pois estranhamente eles formam um belo casal, e suas interações demonstram ter muita química, ajudando demais a termos empatia com o casal, tanto nos momentos alegres quanto nos tristes, trazendo várias camadas de relação para o casal, deixando tudo com um ar mais verdadeiro.
Como todo filme romântico, ele é cercado de clichês e momentos previsíveis, mas acredito que eles não estragam em nada a experiência, afinal este é o típico gênero de filme que você já assistiu, mas mesmo assim quer assistir outra vez, seja pela roupagem diferente ou por gostar do gênero.
Por isso, acredito que o longa tem muito coração e sabe exatamente o que quer apresentar, entregando uma história com um diferencial muito interessante, um casal carismático e com química e uma crescente de narrativa muito bem construída, mesmo que tenha uma pequena barriga no final do segundo terço e que corra para concluir sua história.

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