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Crítica | Como Treinar o Seu Dragão

  • Foto do escritor: Gustavo Pestana
    Gustavo Pestana
  • 9 de jun.
  • 2 min de leitura

2025 | 2 h 5 min | Ação – Aventura – Comédia – Drama – Família – Fantasia – Ficção científica 

(Universal Pictures/Divulgação) 


Mais um live-action chega às telonas, mas desta vez não é da Disney. A DreamWorks traz como seu primeiro experimento nesta área o grandioso Como Treinar o Seu Dragão, uma adaptação que revisita fielmente a adorada animação de 2010, que conquistou tanto os fãs ao longo do tempo. 

 

Sem medo de se apoiar no original, o longa abraça a essência da animação quadro a quadro. Cenas, enquadramentos e até diálogos são reproduzidos com precisão, entregando exatamente o que se espera de uma adaptação cinematográfica e não de um remake. Essa fidelidade é um alívio para quem cresceu ao lado de Soluço, Banguela e os demais personagens da ilha de Berk. 

 

Considerada uma das animações mais icônicas da DreamWorks, Como Treinar o Seu Dragão carrega um legado difícil de superar. Qualquer mudança drástica na trama ou em seus elementos visuais poderia comprometer muito a experiência, mas o estúdio acerta ao respeitar o material original. O resultado é um filme que mantém o coração da história e reafirma o seu poder narrativo, agora em live-action. 

(Universal Pictures/Divulgação) 


Muitas discussões giram em torno das adaptações live-action. Alguns esperam inovações, outros exigem fidelidade absoluta. Na minha visão, quando o projeto é vendido como uma adaptação, ele deve seguir o original o mais fielmente possível, salvo exceções necessárias por atualizações culturais ou sociais. Já nos casos em que o filme se apresenta como um remake, aí sim, há espaço para reinvenções e experimentações. 

 

Neste caso específico, estamos falando de uma obra recente, relevante e que continua atual. Por isso, esperava (e recebi) uma adaptação extremamente fiel. E o resultado me agradou bastante. 

 

Um dos maiores temores dos fãs era a representação dos dragões e, principalmente, da relação entre Soluço (Mason Thames) e Banguela. Felizmente, esse elo continua sendo o coração da narrativa. Os dragões foram recriados com realismo impressionante, mas sem perder o charme cartunesco. Mesmo os mais ameaçadores exalam carisma, e Banguela rouba a cena. O dragão é ao mesmo tempo fofo, engraçado, poderoso e expressivo, com um olhar capaz de emocionar até os mais céticos. 

(Universal Pictures/Divulgação) 


Embora a animação ainda seja, na minha opinião, superior (especialmente por explorar um universo onde a fantasia se encaixa com mais liberdade), o live-action não decepciona. Pelo contrário: apresenta a história de forma acessível a um novo público, especialmente aqueles que não se conectam facilmente com o formato animado. 

 

O elenco entrega performances sólidas, capturando o carisma, a emoção e o espírito de aventura da obra original. A direção acerta em cheio na ambientação e nas cenas de ação, que ganham força em telas grandes. Se possível, assista no IMAX, a imersão visual combina perfeitamente com o espetáculo que o filme propõe. 

 

Com emoção, fidelidade e um visual de tirar o fôlego, Como Treinar o Seu Dragão em live-action é uma das adaptações mais respeitosas e bem executadas do cinema recente. Uma verdadeira carta de amor aos fãs e um convite irresistível para quem está conhecendo essa história pela primeira vez. 

Nota

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