Crítica | Cobra Kai – Temporada 4
- Gustavo Pestana
- 2 de jan. de 2022
- 2 min de leitura
2022 | 30 min | Ação – Comédia – Drama

(Netflix/Divulgação)
A quarta temporada de “Cobra Kai” estreou na Netflix na última sexta-feira, e com ela trouxe de volta grandes nomes da franquia, e deu um novo ar para a série, revivendo o espírito da primeira temporada, com um toque especial do clima do segundo filme da franquia.
No quarto ano da série, Daniel LaRusso (Ralph Macchio) e Johnny Lawrence (William Zabka) se veem obrigados a se unir, para derrotar John Kreese (Martin Kove) que por sua vez, volta se unir a seu velho amigo Terry Silver (Thomas Ian Griffith) para poder derrotar seu velho aluno e seu antigo rival e manter o Cobra Kai mais vivo do que nunca.
O início da temporada é muito empolgante, onde vemos Lawrence e LaRusso tendo de trabalhar juntos, para poder ensinar seus métodos de combate a seus alunos, e, ao mesmo tempo, vemos um aprendendo com o outro, mesmo que pareça algo impossível, fazendo com que ambos passem por uma jornada de respeito mútuo, e autodescobrimento.
Em contrapartida, temos a volta de Silver, inicialmente vemos ele completamente diferente do personagem conhecido por todos, mas com o passar do tempo e a influência de Kreese, vemos o psicopata estratégico de volta, com um tom ainda mais ameaçador e perigoso do que conhecíamos.

(Netflix/Divulgação)
No núcleo dos jovens, vemos reviravoltas e o desdobramento dos acontecimentos da temporada anterior, mudanças de equipes e de pontos de vista, fazem com que praticamente todos os personagens “principais” tenham um desenvolvimento, dando um destaque e um protagonismo para todos de maneira equiparada, mostrando que com o passar do tempo, cada um deles é importante, não tento mais o destaque somente em Miguel Diaz (Xolo Maridueña), Robby Keene (Tanner Buchanan), Samantha LaRusso (Mary Mouser) e Tory Nichols (Peyton List).
Todo o desenrolar emocional dessa temporada funciona muito bem, dando destaque para que a evolução emocional e de personalidade de todos os jovens sejam bem trabalhados, e que tenha a ver com a série, mas não dependendo do Karatê para isso, embora o foco principal para o andamento da série seja o torneio no final, assim como aconteceu na primeira temporada.
Um dos fatores que me agradou bastante foi que voltamos a ter o foco no desenvolvimento dos senseis, como a proposta inicial da série, tendo agora que trabalhar a relação não só de dois, mas quatro personagens, mostrando um ritmo adequado e uma responsabilidade com o tempo e a qualidade da série.
Embora alguns episódios do meio da temporada percam um pouco o ritmo inicial, logo ela se acha novamente, trazendo um final surpreendente e realmente grandioso, mudando bastante o futuro da série, podendo ser algo muito bom ou ruim, dependendo somente em como eles irão abordar as pontas soltas na quinta temporada.
Então, “Cobra Kai” traz de volta uma pegada mais profunda e divertida, trazendo uma série leve e com reflexões importantes para os personagens, excelentes desenvolvimentos e uma promessa de futuro bastante incerto, mas empolgante.

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