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Crítica | Brooklyn Sem Pai Nem Mãe

  • Foto do escritor: Fagner Ferreira
    Fagner Ferreira
  • 5 de dez. de 2019
  • 2 min de leitura

Atualizado: 11 de jul. de 2024

2019 | 2 h 24 min | Mistério– Policial – Drama 

Brooklyn Sem Pai Nem Mãe (Warner Bros. Pictures/Divulgação)

(Warner Bros. Pictures/Divulgação)


Baseado no livro homônimo de Jonathan Lethem, “Brooklyn Sem Pai Nem Mãe” narra as perspectivas de Lionel Essrog (Edward Norton), um excelente detetive que sofre com a Síndrome de Tourette, particularidade do personagem de dizer coisas aleatórias totalmente descontextualizadas, muitas vezes com palavras de baixo calão, seguido de um tique nervoso e toque involuntário nas pessoas.


Ao testemunhar a morte de seu amigo, chefe e mentor, Frank Minna (Bruce Willis), Lionel descobrirá que o crime envolvendo a morte de Frank é só a ponta do iceberg de uma horrenda corrupção política envolvendo figurões e falsos heróis do povo, salientando uma tese totalmente ridícula: Ele rouba, mas faz! “Brooklyn Sem Pai Nem Mãe” não tem medo de afirmar que a história ronda o seu protagonista e a sua doença.

Brooklyn Sem Pai Nem Mãe (Warner Bros. Pictures/Divulgação)

(Warner Bros. Pictures/Divulgação)


A narrativa em off alimenta esse escrúpulo que o filme conduz. Esse é justamente o defeito da trama, já que não consegue criar combustão para personagens pontuais na trama que agregariam maior tom dramático, como os de Alec Baldwin e Willen Dafoe, focando justamente no “malfadado” Lionel.


Para um filme de crime e investigação, a passividade da trama atrapalha o entendimento da história, que vive flertando entre a ação e o suspense.


As poucas cenas de maior frenesi ocorrem logo no começo do filme, ludibriando totalmente o rumo do enredo apresentado, sem falar em um final totalmente clichê, frustrando quem assiste.

Brooklyn Sem Pai Nem Mãe (Warner Bros. Pictures/Divulgação)

(Warner Bros. Pictures/Divulgação)


“Brooklyn Sem Pai Nem Mãe”, alcunha do protagonista, pode parecer piegas no seu conteúdo climático, mas, por outro lado, entrega uma excelente fotografia de uma Nova York dos anos 50 e meio as obras urbanas que mudariam a paisagem da cidade, fria e escura, ao som da ótima trilha sonora, com muito soul e jazz, com um figurino robusto daquele tempo.


Edward Norton merece também ressalvas de seu personagem complicado, criando toda uma “aberração” com alta qualidade que impressiona pela semelhança que o ator criou ao papel com pessoas portadores dessa síndrome.


Nota

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