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Crítica | Beau Tem Medo

  • Foto do escritor: Fagner Ferreira
    Fagner Ferreira
  • 20 de abr. de 2023
  • 2 min de leitura

2023 | 2 h 59 min | Terror – Drama – Comédia 

Beau Tem Medo (Diamond Films/Divulgação)

(Diamond Films/Divulgação


Ari Aster estreou no cinema em 2018 com o terror psicológico “Hereditário”, trazendo um enredo peculiar sobre o terror psicológico e suas facetas, surpreendendo a todos. Seu segundo filme também foi bastante elogiado, trazendo um solstício mortal em “Midsommar”. Em 2023, o diretor volta com o seu novo filme, “Beau Tem Medo” estrelado pelo “oscarizado” Joaquin Phoenix.  

 

Beau é uma pessoa sozinha e ansiosa que toma remédios para o controle de suas ansiedades. Vivendo em um mundo cruel, ilustrado pelo bairro onde mora com uma onda de violência gritante e vizinhos esquizofrênicos, o personagem precisa se “sacrificar” após saber da morte de sua mãe, já que não conseguiu visitá-la antes por conta do roubo da sua mala e chave de casa.  

 

É nessa incessante caminhada de altos e baixos que Beau vive seus constantes pesadelos que o assombram. A abordagem de Aster para o personagem é intrigante ao modo como acompanhamos todos os movimentos dele e sua sina de medos; de ficar sozinho, de não ter uma companhia ao lado, de uma vida centrada em sobrevivência. Phoenix é genial em seu perturbador personagem, personificando os medos entre o real e o lúdico que a narrativa traz. Porém, nem tudo na vida são “morangos” e suas ações são sempre colocadas em cheque a cada passo ou ação sofrida, seja para atravessar a rua ou até mesmo viver como um filho adotivo em uma residência.  

Beau Tem Medo (Diamond Films/Divulgação)

(Diamond Films/Divulgação


É um conceito bastante bizarro a abordagem do diretor em demonstrar os maneirismos surrealistas do personagem e tudo à sua volta. Assim como Beau, o público é jogado para a tela vivenciar os anseios do personagem título e tentar desvendar os mistérios envoltos de Beau, uma saga interessante, mas melancólica.  

 

“Beau Tem Medo” é uma odisseia assombrosa dos seus medos internos, uma aventura vívida pelas suas angústias, mas também deixa a desejar em certos aspectos estruturais, com uma linguagem confusa do real e suas reviravoltas constantes. 


Nota

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