Crítica | Asteroid City
- Gustavo Pestana
- 10 de ago. de 2023
- 2 min de leitura
Atualizado: 25 de jul. de 2024
2023 | 1 h 45 min | Comédia – Drama – Romance
[ ATENÇÃO ESTA CRÍTICA CONTÉM SPOILERS ]

(Universal Pictures/Divulgação)
O novo filme de Wes Anderson, “Asteroid City” estreia hoje nos cinemas, e como esperado de um longa dirigido pelo próprio, “Asteroid City” é repleto de metalinguagem, diversas camadas, uma narrativa diferenciada e uma estética única.
O longa é ambientado em uma cidade ficcional localizada no meio do deserto americano no ano de 1955, local onde acontece uma convenção de jovens Astrônomos/Cadetes do Espaço, organizada para reunir estudantes de todo o país, estes jovens chegam à cidade junto de suas famílias, para esta convenção que premia um destes jovens com uma bolça de estudos, mas infelizmente o roteiro do evento é interrompido após o contato com uma forma de vida alienígena.
Como já mencionado, o longa é repleto de camadas, fazendo com que o público intérprete de maneiras diferentes suas mensagens, mas aqui falaremos um pouco sobre o conceito geral e suas camadas principais, como a estruturação do filme, que representa uma peça de teatro, onde variamos entre os bastidores do espetáculo e a peça em si, fazendo com que tenhamos interpretações espetaculares, de todo o elenco.

(Universal Pictures/Divulgação)
Inclusive, o elenco por si só já é um grande diferencial de Wes Anderson, nomes como Bryan Cranston, Edward Norton, Jason Schwartzman, Scarlett Johansson, Jeffrey Wright, Tom Hanks, Steve Carell e Tilda Swinton são somente alguns dos nomes que estrelam este longa, abrilhantando ainda mais a narrativa não linear do diretor e sua estética de pouca expressão corporal de seus personagens, que dão um toque cômico único para a obra.
Sua abordagem “crítica” aos tempos modernos é uma das camadas do longa, retratando uma atualidade que busca ter sentido em tudo e que necessita de tudo explicado ao extremo e que desperdiça uma oportunidade de se identificar e conectar com uma história que busca ser simplesmente uma história, sem a cobrança de ser algo grandioso ou elaborado, que tende a ser genial e sentimental pela sua simplicidade e somente ela.
Não entrarei em mais detalhes da trama ou de seus significados, pois este é um filme muito interessante de se assistir, pois narra sua história de uma maneira diferente, com uma estética única e um estilo de filmagem e direção que é a assinatura de Wes Anderson, tornando este um filme artístico diferente, porém não denso e extremamente palatável, criando, a meu ver, um equilíbrio perfeito entre humor e ficção cientifica com estrema delicadeza.

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