Crítica | Ad Astra: Rumo às Estrelas
- Fagner Ferreira
- 26 de set. de 2019
- 2 min de leitura
Atualizado: 11 de jul. de 2024
2019 | 2 h 3 min | Aventura – Drama – Mistério

(20th Century Studios /Divulgação)
O espaço sempre foi algo fascinante para os seres humanos. As explorações pelo homem ultrapassam a barreira científica, com suas conquistas e a famigerada “corrida espacial”. Mudando de patamar em diferentes esferas, como na sétima arte, com grandes produções como “Gravidade” e “Interstelar”.
“Ad Astra: Rumo às Estrelas” é o novo recorte deste tema, estabelecendo um novo paradigma futurístico no gênero, abordando um processo que está iminente nos pensamentos americanos, a exploração comercial do universo.
Roy McBride (Brad Pitt) é um major engenheiro espacial bem gabaritado, tendo controle de todas as suas emoções, como apontam os exames psicológicos realizados. Porém, uma missão pode abalar totalmente suas estruturas ao saber que seu pai, o lendário astronauta H. Clifford McBride (Tommy Lee Jones), possa estar vivo, após uma missão espacial em Netuno vinte anos atrás, tendo ligação direta com as sobrecargas que afligem o sistema solar.
O roteiro não é tão mirabolante, escrito pelo próprio diretor James Gray (“Z: A Cidade Perdida”) ao lado de Ethan Gross (“Clepto”), “Ad Astra” usa ao seu favor as divergências pessoais que os personagens centrais da trama possuem, a solidão em que ambos se solidificam com as tomadas de decisões que os afetam.

(20th Century Studios /Divulgação)
Com uma montagem excepcional, o filme se sustenta muito na rica fotografia extraída por Hoyte Van Hoytema, o mesmo de “Interstelar”, que dá maior suporte a narrativa da história, dando a carga dramática necessária para Brad Pitt brilhar, o ator está sensacional neste papel, muito graças a sua capacidade de atuação, mas também as belas tomadas em closes do diretor.
Roy McBridee (Pitt) é um personagem amargurado e introspectivo, suas ideias sempre combatem o “abandono” prematuro de seu pai, refletindo em seu relacionamento com Eve (Liv Tyler), mas sempre centrado em suas missões.
“Ad Astra: Rumo às Estrelas” é uma verdadeira fuga para afugentar os “demônios” internos buscando a paz.
O elemento escolhido, o espaço, é usado para contextualizar as consequências dessas decisões e o modo de agir, em um filme que pode brindar a atuação de Brad Pitt em uma indicação ao Oscar.

Comentários