Crítica | A Vastidão da Noite
- Fagner Ferreira
- 23 de nov. de 2020
- 2 min de leitura
2020 | 1 h 31 min | Drama – Ficção cientifica – Mistério

(Prime Video/Divulgação)
Anos 50, período da Guerra Fria. Enquanto praticamente todos de uma pequena cidade dos Estados Unidos estão em um jogo de basquete, dois jovens, Fay (Sierra McCormick) e Everett (Jake Horowitz), estão obcecados pelo mistério que ronda as antenas da rádio local.
O rádio aqui, em questão, é o ponto fundamental da história, sendo o principal meio para desvendar o enigma presente. O uso dele na linha narrativa dos fatos dá à trama ares de suspense bastante intensos, é como se o diretor Andrew Patterson nos transportasse diretamente para a época do filme, nos colocando próximos à jornada dos protagonistas.
Andrew é sábio em utilizar os recursos existentes devido ao orçamento baixo para filmes independentes.
Como o próprio título diz, “A Vastidão da Noite” é bastante explorada nos belíssimos planos sequenciais que o diretor implementa, deixando a história rica e simplista, mas que podem deixar os mais ansiosos frustrados com enormidade de tempo gasto em diálogos, e na curiosidade aguçada em descobrir o verdadeiro motivo da jornada apresentada.

(Prime Video/Divulgação)
O instigante fascínio da dupla de protagonistas é o outro grande destaque do filme, e o acerto do diretor em conduzir o ritmo cadenciado da história sem perder o rumo ou deixar que o tédio tome posse.
A química entre os dois atores principais funciona brilhantemente, e a aposta nos expansivos diálogos traz a proximidade do filme com o telespectador, colocando-nos como detetives.
Com um enredo que promete seduzir os mais saudosistas fãs de “Além da Imaginação”, “ET, O Extraterrestre” e “Stranger Things”, “A Vastidão da Noite” consegue passar sua mensagem sem precisar dos maneirismos extremos e das fantasias exacerbadas, a inteligência do diretor em dar um tom a história sem (quase que) usar o maior recurso do cinema: a imagem.

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