Crítica | A Luz no Fim do Mundo
- Fagner Ferreira
- 17 de out. de 2019
- 2 min de leitura
Atualizado: 11 de jul. de 2024
2019 | 1 h 59 min | Drama – Ficção científica – Suspense

(Imagem Filmes/Divulgação)
Vivendo em uma distopia, um pai (Casey Affleck) tenta, de todas as maneiras possíveis, conviver com a sua filha (Anna Pniwosky) em um cenário horripilante após uma misteriosa epidemia dizimar todas as mulheres.
A única chance de salvar a última memória de sua mulher é a salvação cotidiana da filha.
Essa é a premissa de “A Luz no Fim do Mundo”, o primeiro filme dirigido por Casey Affleck, além de atuar, roteirizar e produzir.
Mas não se engane com os fatos evidenciados nas palavras acima, o filme, em quase todo o momento, tenta ludibriar com os elementos que ilustram a história.
A extrema passividade e os longos diálogos existentes tornam a obra arrastada, fadigada de compreensão, com fatos repetidos e pequenos paradoxos impostos pelo pai.

(Imagem Filmes/Divulgação)
Usufruindo da luz natural em toda a composição na fotografia, “A Luz no Fim do Mundo” é densa, tóxica e mais um filme que aborda toda uma sociedade machista contra o “sexo frágil”, ainda mais para quem está no foco do filme, o protagonizando.
Ao incerto da obra, Casey busca atiçar o imaginário do espectador (como diretor) criando variadas perguntas sem respostas nesse mundo de “gato e rato”.
Nota-se o cuidado com que ele tenta extrair o máximo de suas feições (atuando) quanto de Anna, que está sensacional no papel de uma criança que perdeu todos os momentos mais preciosos da infância, nos diversos diálogos da dupla com uma câmera focando as angústias dos personagens.
“A Luz no Fim do Mundo” é uma empreitada corajosa de Casey Affleck, porém as escolhas de optar mais por diálogos extensos e frases de efeito destoam um pouco da principal questão do filme que são as suas ações relativas à sobrevivência, essa mesma ação que nunca chega e quebra totalmente o ritmo da película.

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