Crítica | 7500
- Fagner Ferreira
- 21 de jul. de 2020
- 2 min de leitura
2020 | 1 h 33 min | Ação – Drama – Suspense

(Prime Video/Divulgação)
Filmes que abordam a temática avião costumam enclausurar bem os aspectos de drama, suspense, terror e até mesmo a comédia. Determinado a conduzir a cronologia dos fatos em um único ambiente, o clima claustrofóbico é recorrente, mas saber dosar isso, de forma eficiente, é o que prende a atenção do público.
Em “7500”, filme original do Prime Video, o vôo Berlim-Paris é sequestrado por extremistas muçulmanos e caberá a Tobias Ellis (Joseph Gordon-Levitt), copiloto da viagem, tomar as rédeas da situação em uma posição totalmente conflituosa, e suas determinadas ações que podem, ou não, garantir o zelo de todos.
Por mais simplista que o roteiro possa transparecer, o suspense gerado pelo diretor Patrick Vollrath tem como força motriz o modo de transmitir sua narrativa. O uso da câmera de segurança totalmente exclusiva da cabine dos pilotos é o único ponto de vista de Tobias e, consequentemente, do telespectador, ocultando a presença do perigo por todo o avião.

(Prime Video/Divulgação)
Com tudo o suspense que é gerado de forma inteligente, em seu primeiro ato vemos cair por terra, com decisões totalmente desgostosas e fáceis. A escolha em aproximar Tobias e Vedat (Omid Memar), um dos sequestradores, é até válida, tentando criar todo o clímax que permeia a trama, porém a facilidade com que um conquista a confiança do outro mostra quão piegas a narrativa virou, fazendo a montagem deixar de ser interessante.
Por outro lado, Joseph Gordon-Levitt é crível com o seu personagem, a todo momento atordoado com a situação, sabendo que suas decisões irão afetar não somente o seu psicológico, como também a vida dos passageiros feitos de reféns. Uma das cenas reflete tão bem este momento, nos fazendo entender todo o frenesi e o que pode acarretar continuamente.
“7500” tem seus acertos em mostrar toda a trama por um ângulo que nunca foi explorado tão sabiamente, contudo a falta de maior contexto em sua montagem deixa um pouco a desejar, deixando a experiência apática de sua excentricidade.

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