Crítica | Venom: A Última Rodada
- Gustavo Pestana
- 26 de out. de 2024
- 3 min de leitura
2024 | 1 h 49 min | Ação – Aventura – Ficção Científica – Fantasia
(Sony Pictures/Divulgação)
Venom: A Última Rodada traz o simbionte mais amado do mundo em mais uma aventura no mesmo estilo que seus filmes anteriores, repleto de ação, comédia e não ligando muito para o lore e mitologia do personagem, embora esse aqui seja mais fiel em alguns pontos em comparação com os demais.
Como já se especulava pelo título, esse é realmente um fim para a saga Venom nos cinemas (pelo menos da maneira que tivemos até agora) e por isso ele de certa forma é uma grande homenagem aos seus dois filmes anteriores, e para quem gostou de verdade de Venom e Venom: Tempo de Carnificina é muito provável que também goste deste aqui.
Mas, como eu não fui tão impactado pelo personagem em seus filmes anteriores, e não sou muito fã da abordagem que os filmes dão para o personagem, não gostei tanto do filme, mesmo que dessa vez eu não tenha saído tão chateado quanto sai do cinema em Tempo de Carnificina, pelo menos este filme não estragou completamente a minha experiência, sendo simplesmente um apanhado de momentos que foram feitos para empolgar o público, mas que infelizmente não me empolgaram, mesmo sendo nítida a tentativa do filme.
(Sony Pictures/Divulgação)
Assim como os demais filmes, ele é repleto de problemas na execução, roteiro entre outras coisas, como, por exemplo, o ritmo, começando com uma correria muito desnecessária, tendo de amarrar as pontas deixadas pela cena pós-crédito de seu anterior, em seguida já somos jogados na trama deste filme sem um contexto breve, começando com uns 10 minutos de filme a fuga de Eddie que irá percorrer basicamente todo o filme, até culminar em uma grande batalha de CGI, como todos os outros filmes da franquia, mas provavelmente o mais absurdo do filme é a burrice de Eddie e Venom, que continuam tomando decisões completamente idiotas simplesmente para gerar um problema e iniciar uma cena de ação ou alguma piada, momentos que poderiam muito bem ser trocados caso tivéssemos um roteiro melhor trabalhado, pondo no lugar situações que o obrigasse a seguir pelos caminhos que gerariam as mesmas situações.
A volta de personagens que servem somente para fazer uma ligação com acontecimentos passados não te leva a lugar algum, e a introdução dos novos personagens é um tanto quanto aleatória e de qualquer jeito, indo de encontro com aquela famosa premissa de não trabalhar o lore e os personagens.
Mas, como já estamos acostumados a esse estilo de filmes da Sony, não fui esperando nada que ele não tenha me entregue anteriormente, e por isso, quando me apresentaram o mínimo de lore real, eu fiquei contente.
(Sony Pictures/Divulgação)
O simples fato de um filme da Sony baseado em personagens de quadrinhos trazer o mínimo de verdade em relação a lore já é o suficiente para trazer esse filme para um patamar um pouco mais elevado (levando em consideração os demais filmes do estúdio), mas mesmo assim, o filme não é grande coisa, só que dessa vez ele não estraga tudo, só uma grande parte.
Venom: A Última Rodada é mais do mesmo, mas dessa vez com um pouco mais de mitologia do personagem e novos personagens, então se você gostou dos demais filmes, provavelmente vai gostar deste aqui, se você não é tão fã dos filmes e está indo pelos personagens que aparecem no trailer, vá com a expectativa baixa, pois embora eles estejam no filme, não são tão bem explorados.
Para concluir eu gostaria de registrar a minha preocupação com as cenas pós-crédito do filme, principalmente com a primeira.
Esticar este universo pode ser uma ideia viável em relação a lucro, mas em quesito história eu não tenho muita certeza, e me preocupa o caminho que a Sony possa está tentando seguir, já que teoricamente, muitas possibilidades de caminha estão fechadas, então ou eles vão inventar uma solução completamente aleatória e irreal, ou vão acabar misturando elementos que não deveriam ser misturados, mas independente do que façam, a chance de ser ruim é imensa.

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