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Crítica | Um Pai para Lily

  • Foto do escritor: Gustavo Pestana
    Gustavo Pestana
  • 2 de mai.
  • 2 min de leitura

2025 | 1 h 41 min | Comédia – Drama 

(Synapse Distribution/Divulgação) 


Um Pai para Lily me pegou completamente de surpresa ao entregar uma narrativa tocante, poderosa e com uma carga emocional profunda. Baseado em fatos reais, o longa revela de forma crua e honesta como uma criação disfuncional pode gerar feridas duradouras na vida de uma filha. O destaque absoluto fica por conta de Barbie Ferreira, que protagoniza um verdadeiro espetáculo de atuação ao dar vida à complexa e vulnerável Lily. 

 

A premissa é simples: após uma discussão aparentemente banal, Robert Trenivo (Pai de Lily) rompe o contato com sua filha. Mas devido aos problemas de abandono e o fato de ser seu pai, ela tenta uma reaproximação que não funciona, até que ela decide procurá-lo pelo Facebook, na tentativa de uma aproximação diferente, mas ao invés de achar seu pai, ela acaba encontrando outro homem com o mesmo nome. Esse encontro inesperado com Bob (John Leguizamo) dá início a uma amizade improvável e profundamente transformadora. Através dessa nova conexão, Lily começa a compreender o que significa, de fato, ter uma figura paterna presente, iniciando uma jornada de cura emocional e reconstrução interna após anos de uma relação familiar tóxica. 

 

Sem expectativas, fui motivado principalmente pela presença de Barbie Ferreira, uma atriz que gosto bastante. No entanto, o impacto do filme foi imediato e arrebatador. A relação entre Lily e seu pai biológico é perturbadora: a frieza, a ausência de afeto e o completo desinteresse paterno causam desconforto e indignação. É doloroso assistir às tentativas de aproximação por parte de Lily, que implora por atenção com uma vulnerabilidade desarmante. 

 

O contraste surge com a chegada de Bob à sua vida. Sua presença traz leveza, alegria e uma nova perspectiva. Lily, mesmo carregando traumas profundos, mostra-se determinada a viver melhor, e isso transforma a atmosfera do filme. 

(Synapse Distribution/Divulgação) 


A atuação de Barbie Ferreira é simplesmente arrebatadora. Sem exagero, trata-se de sua performance mais marcante até agora. A atriz domina cada cena com intensidade emocional, adaptando sua entrega conforme o tipo de vínculo que sua personagem estabelece com os demais. Suas interações com French Stewart (Robert Trevino), John Leguizamo (Bob Trevino) e Lauren “Lolo” Spencer (Daphne) revelam nuances de dor, fragilidade e esperança, tornando tudo ainda mais autêntico e tocante. 

 

E quando chega na cena com Rachel Bay Jones (Jeanie), prepare-se: é impossível não se emocionar. A cena é simplesmente devastadora. Se uma lágrima não escorrer, algo está errado aí. 

 

Embora o desfecho não entregue um final feliz no sentido convencional, ele oferece um encerramento satisfatório, maduro e realista. Deixa claro que Lily está pronta para recomeçar, construir relações saudáveis e, enfim, buscar a felicidade que sempre lhe foi negada. 

 

Um Pai para Lily é um daqueles filmes que chegam sem alarde, mas deixam marcas profundas. Uma obra essencial para quem valoriza histórias emocionantes, atuações intensas e tramas baseadas em experiências reais. Definitivamente, um drama que merece mais atenção no radar de quem ama cinema com alma. 

Nota

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