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Crítica | Twisters

  • Foto do escritor: Gustavo Pestana
    Gustavo Pestana
  • 12 de jul. de 2024
  • 3 min de leitura

2024 | 2 h 2 min | Ação – Aventura – Suspense 

Twisters (Warner Bros. Pictures/Divulgação) 

(Warner Bros. Pictures/Divulgação) 


O mais novo filme de furacão “Twisters” é uma “continuação” do longa de 1996, que desta vez tem como diretor Lee Isaac Chung (“Minari”) e conta a história de uma jovem Kate Cooper (Daisy Edgar-Jones) que caça tempestades com seus amigos, a fim de testar uma teoria para resolver os problemas de tornados no mundo, mas infelizmente essa jornada tem um fim abrupto, fazendo com que ela e seu amigo Javi (Anthony Ramos) abandonassem esse caminho.   

 

Alguns anos depois, Javi volta a aparecer e a convida a retornar a este mundo, a fim de ajudá-lo a testar um novo sistema experimental de rastreamento meteorológico. Nessa nova missão, ela conhece Tyler Owens (Glen Powell), um influenciador famoso que compartilha suas aventuras caçando tempestades, e mesmo com objetivos diferentes, eles acabam passando por situações nunca vistas antes, colocando suas vidas em risco.   

 

Com essa premissa, podemos afirmar que “Twisters” segue a mesma premissa e dinâmica do seu longa de origem, tendo sempre como foco os tornados e as tempestades, tanto que aqui, neste longa, temos excelentes cenas que mostram toda a tensão, perigo e destruição que um fenômeno desses causa, deixando o público completamente imerso dentro deste universo.   

Twisters (Warner Bros. Pictures/Divulgação) 

(Warner Bros. Pictures/Divulgação) 


A história do longa segue exatamente o caminho de Kate, e por isso somos levados a entender os seus traumas e motivações, mas mesmo tendo o foco praticamente todo nela, também somos introduzidos ao passado e motivações de Tyler e Javi, fechando assim o trio protagonista do filme.   

 

Os demais personagens do longa não são largados e deixados em cena somente para compor backgrounds, Brandon Perea (Boone), Harry Hadden-Paton (Ben), Sasha Lane (Lily), Tunde Adebimpe (Dexter), Katy O'Brian (Dani) e David Corenswet (Scott) são bons personagens que ajudam a compor as motivações do trio principal, e mesmo que não sejam muito explorados, é possível entender suas motivações e escolhas.   

 

“Twisters” tem inúmeras cenas de ação e um drama/romance que estranhamente funciona bem no projeto, mesmo que esses dois gêneros não sejam o foco do filme, funcionando muito mais como quebra de ritmo, para que o longa não seja somente uma imensa cena de ação.  

Twisters (Warner Bros. Pictures/Divulgação) 

(Warner Bros. Pictures/Divulgação) 


Mas devo ressaltar alguns itens sobre esse tema, o desenrolar da história é interessante e bem estruturado, mas quando temos a entrada de Glen Powell no longa, temos um pequeno problema momentâneo.   

 

Simplesmente o carisma do ator é um absurdo, deixa eu explicar um pouco melhor, quando somos apresentados a Powell deveríamos não gostar dele, e só com o tempo começar a entender suas motivações, e aí sim decidirmos se ele é alguém que vale a pena gostar ou não, mas o carisma dele é tão imenso, que é difícil não nutrir algum tipo de sentimento bom com ele em cena.   

 

Tanto que seu contraponto, que deveria ser Anthony Ramos, fica totalmente apagado, dificultando ainda mais criarmos esse paralelo entre os personagens, mas felizmente, com o decorrer do longa, esse detalhe se ajusta e tanto Ramos quanto Powell conseguem chegar a seu ápice, fazendo tudo valer a pena.   

Twisters (Warner Bros. Pictures/Divulgação) 

(Warner Bros. Pictures/Divulgação) 


Mesmo que Powell tenha essa característica especial, a atuação de Daisy Edgar-Jones é incrível, não deixando ninguém roubar seu protagonismo e narrativa, utilizando das habilidades de seus colegas de elenco para catapultar sua personagem, fazendo com que tenhamos uma empatia imensa pela personagem, algo extremamente importante para a narrativa funcionar.   

 

“Twisters” é um filme muito interessante para se assistir, com uma história bem amarrada e que te prende de maneira correta, divertindo e empolgando o telespectador da maneira que um filme deve fazer. Ele não tenta criar um universo ou se apoiar no longa de 1996, trazendo uma história contida, que funciona muito bem, coisa que tem se tornado cada vez mais rara hoje em dia.   

 

Seus conceitos científicos para justificas as ações parecem plausíveis, e para mim, que não faz ideia de como um tornado funciona está de bom tamanho, criando uma série de regras que continua valendo durante o filme todo, e mesmo com o clímax se tornando algo um tanto quanto genérico, ele se mostra um bom filme para se assistir nestas férias. 


Nota

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