Crítica | The Umbrella Academy – Temporada 4
- Gustavo Pestana
- 15 de ago. de 2024
- 3 min de leitura
2024 | 1 h | Ação – Aventura – Comédia
(Netflix/Divulgação)
The Umbrella Academy termina sua história de maneira calma, contemplativa e significativa, terminando os arcos em aberto, reforçando arcos que já haviam sido trabalhados e fazendo com que os personagens tivessem a chance de se despedir do público.
Finalizando uma história que iniciou em 2019, a quarta e última temporada chega com a difícil tarefa de encerrar essa história que já teve alguns encerramentos em temporadas anteriores; podemos usar como exemplo o fim da terceira temporada, que teve uma sequência de reviravoltas e um final gigantesco.
Aqui acompanhamos a vida de Viktor (Elliot Page), Luther (Tom Hopper), Diego (David Castañeda), Allison (Emmy Raver-Lampman), Klaus (Robert Sheehan), Número cinco (Aidan Gallagher), Ben (Justin H. Min) e Lila Pitts (Ritu Arya) vivendo suas novas vidas sem poderes, como pessoas normais em uma nova linha do tempo, como vimos no final da temporada passada.
Esta premissa deles vivendo sem poderes é um dos pontos mais altos desta quarta temporada. Poder ver os personagens que já conhecemos há tanto tempo terem de se redescobrir sem suas habilidades que por anos foram o fator determinando suas personalidades e vida é simplesmente incrível.

(Netflix/Divulgação)
Além dessa premissa, somos apresentados a dois novos personagens que são no mínimo interessantes, estou falando de Jean (Megan Mullally) e Gene (Nick Offerman). Eles são os antagonistas da série, e são os pilares de uma parte da narrativa muito boa, tanto que gostaria que tivesse tido mais foco e mais aprofundamento, coisa que infelizmente não aconteceu.
Alguns outros fatores determinantes para não ter tipo tempo de explorar estas personagens não serão mencionados nesta crítica, pois seria spoiler, e não entrarei nesta categoria nesta resenha.
Tudo o que posso dizer em relação a este fato é que termos apenas seis episódios me pareceu pouco, diante ao fato de que estávamos falando da final série, e não existia muito a se aproveitar em relação ao que foi deixado como gancho da temporada anterior (me refiro a premissa para um encerramento de série, não de continuação da história).

(Netflix/Divulgação)
Por este motivo da série ser um tanto curta, personagens como Luther, Klaus e Diego ficaram um pouco apagados da história, me fazendo sentir falta do protagonismo que tinham em outros momentos da série. Em contra ponto, Viktor e Reginald Hargreeves (Colm Feore) ganharam demais nesta temporada, trazendo uma interação que havia ficado em aberto desde a primeira temporada, trazendo discursos poderosos e momentos de relação pai e filho muito importantes para a relação dos personagens, fechando pontas que estavam abertas desde a premissa inicial da série.
Como uma temporada que traz elementos importantes e ligação entre um início e um fim, esta temporada foi muito satisfatória, mas analisando como temporada final, eu sinto que ela deixou faltar algo.
Talvez por essa temporada ser menos correria e ação, e trabalhar com um lado mais emocional e introspectivo do que as demais, ela deixe essa sensação de que a série merecia mais do que ganhou.

(Netflix/Divulgação)
Mas, ao mesmo tempo, eu entendo o porquê dela funcionar completamente diferente das demais, e a maneira como ela se encerra vai muito de encontro a essa premissa, e por isso tenho essa dubiedade dentro de mim entre gostar e não gostar desta temporada.
Por isso, só me resta terminar minha análise dizendo que esta é uma temporada diferente do que havíamos visto na série, trazendo um ritmo mais cadenciado e contemplativo para seus personagens, mas que não desrespeita tudo o que já foi feito e as personalidades dos mesmos. Existem, sim, problemas narrativos e de construção, mas isso se dá ao fato de todas as temporadas serem exatamente do mesmo formato, onde se inicia com todos bem e vivendo separadamente, até que problemas aparecem e eles têm de se juntar e salvar o mundo de um apocalipse iminente.
Mas, como disse anteriormente, eles utilizam essa premissa e trazem uma solução para encerrar a série, com uma temporada que faz muito sentido, mesmo que algumas dúvidas ainda pairem sobre a cabeça dos fãs da série.

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