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Crítica | Springsteen: Salve-me do Desconhecido

  • Foto do escritor: Gustavo Pestana
    Gustavo Pestana
  • 31 de out.
  • 2 min de leitura

2025 | 2 h | Biografia – Drama – Musical

(20th Century Studios/Divulgação)


O novo filme estrelado por Jeremy Allen White mergulha em um capítulo pouco explorado da vida de Bruce Springsteen: o período entre 1981 e 1982. Já consagrado como uma das grandes vozes do rock, o astro enfrentava um momento de vazio criativo enquanto buscava inspiração para aquele que se tornaria um dos álbuns mais aclamados dos anos 80. 

 

A narrativa acompanha o fim de uma extensa turnê e o início do processo de composição desse projeto que viria a ser tão marcante. Springsteen sem querer revisita seu passado e transforma dores profundas em música, explorando um estilo mais sombrio e intimista. O resultado é um som único, carregado de vulnerabilidade, que expressa seus traumas e inquietações com força emocional rara. 

 

O longa retrata com precisão a mente criativa do artista, destacando seus métodos intensos, suas manias e o delicado equilíbrio em suas relações pessoais. Ao humanizar Bruce, o filme aproxima o público desse ícone do rock, mostrando que, por trás do palco e da fama, existe alguém lidando com inseguranças, medos e expectativas como qualquer outra pessoa. 

 

De volta à sua cidade natal, Bruce encara lembranças que julgava ter superado. Essa reaproximação com lugares e situações de seu passado desencadeia uma queda emocional difícil de controlar. A forma como a obra aborda sua luta constante contra a depressão é sutil, sensível e profundamente honesta, mostrando uma progressão que culmina em um momento extremamente emocionante. 

(20th Century Studios/Divulgação)


Jeremy Allen White entrega mais uma performance poderosa, reforçando o por que é um dos nomes mais celebrados da atualidade. A naturalidade com que ele transita entre momentos de intensidade nos palcos e fragilidade nos bastidores impressiona, capturando nuances essenciais para compreender quem é Bruce Springsteen

 

No elenco de apoio, Jeremy Strong (Jon Landau) e Odessa Young (Faye Romano) brilham ao adicionar camadas importantes ao protagonista. Ambos enriquecem a trama sem jamais roubar os holofotes, contribuindo para um conjunto narrativo coeso e emocionalmente impactante. 

 

As sequências que resgatam a infância do músico são especialmente envolventes. Memórias fragmentadas surgem para aprofundar o entendimento do personagem e de seu processo artístico, sempre conectadas com o momento presente, seja para iluminar uma letra em construção ou para revelar o peso psicológico que ele carrega. O reencontro com os pais eleva o filme ao seu ápice dramático, trazendo à tona mágoas antigas e um confronto doloroso que explode em emoções autênticas. 

Nota

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