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Crítica | Sorria 2

  • Foto do escritor: Fagner Ferreira
    Fagner Ferreira
  • 23 de out. de 2024
  • 3 min de leitura

2024 | 2 h 7 min | Terror – Mistério – Suspense 

(Paramount/Divulgação) 


Quando Sorria estreou nos cinemas em 2022 e os mais céticos críticos de terror estavam com receio do filme ser mais uma obra genérica do gênero, afinal, criar um novo enredo, que seja diferenciado de outros projetos e ainda fuja dos mesmos arquétipos de sustos sem criar conteúdo algum para a história é um desafio e tanto. 

 

Mas não foi isso que aconteceu, o primeiro filme surpreendeu positivamente, mesmo que ainda tenha seus buracos, rendendo um bom lucro para a película, e agora, dois anos mais tarde estamos com a continuação nos cinemas. 

 

O diretor Parker Finn entendeu que seu conteúdo tinha uma estrutura interessante com o recurso do sorriso maléfico, onde uma entidade parasita se apoderava de um novo corpo após uma morte com testemunhas, gerando sobrevida à maldição. O conteúdo era demonstrar as consequências que o poder maligno tinha sobre as pessoas, mexendo com a imaginação do público no método investigativo que não foi trabalhado de maneira eficiente, mesmo que tenha feito um tremendo sucesso entre os fãs do terror. A medida que o filme foi se desenrolando, estávamos mais envoltos em descobrir a origem dessa entidade do que propriamente na investigação das mortes. Essa pergunta não foi respondida e, com um final rodeado de suspense, o início desse novo capítulo continua com o personagem do primeiro filme tentando acabar com essa maldição. Nessa levada, somos introduzidos a uma nova linha narrativa, com mais personagens e com um roteiro bem estruturado, mesmo que ainda não responda à principal questão. 

(Paramount/Divulgação) 


Sorria 2 traz mais profundidade ao assunto, criando uma história mais envolvente. Skye Riley (Naomi Scott) é uma grande cantora popstar que está passando por um momento turbulento em sua carreira profissional e na vida pessoal. Após um acidente traumático que envolveu a morte do seu namorado Paul Hudson (Ray Nicholson), Skye tenta recuperar todo o seu prestígio longe das drogas e bebidas para retornar ao auge em sua nova turnê. Contudo, ela é testemunha de uma morte macabra e se apodera da entidade maligna.  

 

A introdução de Naomi como nova protagonista foi certeira para o desenvolvimento da personagem principal. A atriz soube criar a personalidade de Skye tentando se reerguer na luta contra a depressão ao mesmo tempo que tenta lidar com o vilão da história. Sem saber o que é real ou ilusão (inclusive um dos grandes acertos do diretor aqui) ela tenta vivenciar a nova rotina, se adaptando com as suas extremidades e o esgotamento físico e mental. As caras e bocas que a atriz encaixa em Skye dão um dinamismo com fantástica eficiência que torcemos para que ela tenha uma saída. Se a experiência do primeiro filme introduz o ser maligno, o horror grotesco e o medo de forma quase que gratuita, nessa sequência o cuidado com o andamento dos fatos foi mais elaborado, e mais encorpado, tendo seus aprofundamentos em grandes questões. 

 

Dentro de todo o cenário vale destacar a grande performance de Naomi e sua entrega essencial para o protagonismo. Não foi somente atuar, mas a desenvoltura com sua voz e a dança enriquecem ainda mais a atuação, algo que faltou no primeiro filme.  

 

Sorria 2 é um excelente caso que supera a obra original dentro do terror, não apela somente para os sustos e jumpscares. Mesmo com o trailer entregado algumas informações, não é o suficiente para atrapalhar o andamento da história, se colocando como uma futura boa franquia de terror. 

Nota

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