Crítica | Sorria
- Fagner Ferreira
- 28 de set. de 2022
- 2 min de leitura
2022 | 1 h 55 min | Terror – Mistério – Suspense

(Paramount/Divulgação)
Quantas vezes você já ouviu falar que sorrir é uma forma de se sentir bem, exalar positivismo, mantendo o equilíbrio emocional? É curioso quando esse momento pode conter variados significados, seja um sorriso alegre, de desprezo ou de medo. É esse medo que fez o diretor Parker Finn escrever “Sorria”, utilizando-se do sorriso para contar o seu terror.
Rosie Cotter (Sosie Bacon) é uma terapeuta que, após presenciar o suicídio de Laura Weaver (Caitlin Stasey), na clínica onde trabalha, começa a ser atormentada por uma entidade maligna apoderando-se de sua mente com ilusões que afetam sua saúde mental.
A proposta de Parker dentro do gênero é interessante, trabalhando a questão da saúde mental e o desgaste físico do corpo, já que não sabemos quando essa entidade vai atacar novamente. Inteligentemente, o diretor usa a seu favor os jumpscares para dar essa sensação de surpresa, como em uma simples gravação. Rose consegue ouvir a entidade a chamando. O resultado é satisfatório, mesmo com os famigerados clichês existentes em outros filmes de terror.

(Paramount/Divulgação)
Pena que em sua exagerada duração, “Sorria” se perde demais, não sabe qual direção seguir dentro da história perdendo sua essência criando uma confusão de fatos que o diretor não soube trabalhar fantasmas do passado, uma vez que a protagonista também sofre do mesmo mal quando criança, com o conceito dessa corrente do mal passar de pessoa para pessoa.
“Sorria” tinha um potencial enorme de ser um terror memorável pela sua composição, entretanto o foco do diretor se perde dentro do filme e novamente deixa o gênero terror com mais um filme sem uma originalidade do próprio conceito estrutural.

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