Crítica | Sex Education – Temporada 2
- Fagner Ferreira
- 14 de abr. de 2020
- 2 min de leitura
2020 | 1 h | Comédia – Drama – Romance

(Netflix/Divulgação)
A primeira temporada de “Sex Education” encantou os críticos especializados pela sua inteligência em abordar temas, de cunho sexual, em uma linguagem mais jovial, aproximando o público adolescente da trama. O sucesso foi tão eminente que a série se tornou um dos queridinhos dos brasileiros.
Desmembrando mais a história que girava em torno do trio de protagonista (Otis, Maeve e Eric), a segunda temporada amadurece a trama dando enfoque na personalidade dos personagens, em decorrências dos fatos já conhecidos da primeira temporada, e de novos, que vão surgindo com a nova narrativa, abordando temas polêmicos do nosso cotidiano social.
Otis (Asa Buttetfield) já não se mostra tão confiante das convicções de “guru sexual” e passa por um autodescobrimento de sua personalidade, ainda mais quando sua mãe e terapeuta sexual Jean Milburn (Gillian Anderson) é convidada a ser orientadora no colégio Moordale.
Maeve (Emma Mackey) mostra mais desenvoltura em suas questões familiares e o amadurecimento de sua independência.

(Netflix/Divulgação)
Eric (Ncuti Gatwa) é o que tem um dos arcos mais afetivos junto ao público. Se vendo entre a cruz e a espada, o lado emocional explorado é o que dita o seu caminho na trama, sempre com o conceito de que o coração realmente é quem manda.
Com o individual mais trabalhado nos personagens, alguns arcos ganham mais imersão dramática do que outros. Os maiores exemplos ficam por conta do episódio traumático vivido por Aimee (Aimee Lou Wood) e sua transformação sobre o caso, a busca incessante de Adam (Connor Swindells) em torna-se alguém menos introspectivo sobre sua vida pessoal e amorosa e Sra. Groff (Samantha Spiro) e a sua vida armagurada do seu casamento fadigado.
Com as novas adições e uma nova perspectiva em sua narrativa, “Sex Education – Temporada 2" perde um pouco de sua identidade, mas navega por outros mares, dando mais maturidade para temas necessários e as reflexões das personalidades dos personagens dentro das suas escolhas, tornando-se, até aqui, a melhor temporada da série.

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