Crítica | Sem Ar
- Fagner Ferreira
- 15 de set. de 2023
- 2 min de leitura
2023 | 1 h 31 min | Aventura – Drama – Suspense

(Paris Filmes/Divulgação)
May (Louisa Krause) e Drew (Sophie Lowe) são duas irmãs que, todo ano, realizam juntas um mergulho profundo para sempre lembrar de seu pai. Após um acidente envolvendo uma das irmãs, que acaba ficando presa por uma das pedras após o deslizamento de um “paredão” no fundo do oceano, a outra precisa buscar ajuda o mais rápido possível, passando por diversas dificuldades que serão impostas ao decorrer do filme.
Com um enredo bastante conhecido dentro do cinema envolvendo tais elementos, o resultado do longa deixa a desejar por não haver uma adrenalina frenética de acontecimentos como alguns filmes do mesmo gênero. O roteiro simples tenta criar uma atmosfera intrigante, tentando ultrapassar o desespero das moças para o público, convidando para vivenciar a agonia delas.
Todo o clima criado em cima do arco principal tenta cativar de variadas formas, seja em lembranças de flashback, seja a saga para a salvação ou até mesmo a história das irmãs estarem distantes uma da outra por acaso da vida. Diálogos no longa são expostos de maneira a compreender toda a história, mas não apresentam vida por ser demasiadamente clichê e sem alma.

(Paris Filmes/Divulgação)
As atuações também não empolgam, são bastante passíveis com breves momentos mais enfurecidos, o que torna a obra monótona em um ritmo bastante lento. A escuridão da fotografia dentro do oceano também é incômoda e detalhes podem ser perdidos, o que ajudaria a ter um melhor entendimento. Fora da água, as belas imagens feitas com a ajuda de drones abrilhantam um pouco o filme, mas nada que salve a trama.
“Sem Ar” tem uma história batida, aonde navega por um lugar-comum, sem tentar nada de inovador, caindo no mesmo marasmo de outras tramas de gênero similar, contudo há um enredo nele que faz o público querer um final satisfatório para as meninas, apresentando um final bastante poético.

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