Crítica | Rambo 5: Até o Fim
- Fagner Ferreira
- 19 de set. de 2019
- 2 min de leitura
Atualizado: 11 de jul. de 2024
2019 | 1 h 29 min | Ação – Policial – Suspense

(Imagem Filmes/Divulgação)
O fim de uma era! 37 anos depois, Rambo tem o seu capítulo final.
Para muitos, a franquia poderia ter tido seu fim já no filme antecessor, de 2008, mas Sylvester Stallone queria mais, e por isso decidiu escrever o ultimato de um dos seus personagens mais icônicos.
Se no começo a exploração do personagem era demonstrar suas reais motivações após a Guerra do Vietnã, abordando a sua vivência traumática com os acontecimentos dessa guerra, em “Rambo 5: Até o Fim” é tudo praticamente galhofa em sua execução, apresentando um roteiro simplório e passivo de qualquer importância para os fãs, mesmo com os mais 70 anos de Stallone.

(Imagem Filmes/Divulgação)
Vivendo distante de tudo em seu rancho no Arizona, John Rambo vive uma vida pacata ao lado de sua governanta (Adriana Barraza), ajudando as autoridades locais em resgates com sua experiência militar e cuidando de seus cavalos. A virada de rotina se dá quando sua sobrinha Gabrielle (Yvette Monreal) tem a teimosia de conhecer seu pai biológico que vive no México (um pano de fundo para críticas ao governo Trump) em uma área dominada pelo tráfico de mulheres.
O que poderia se tornar uma história interessante para o personagem acaba se deteriorando por se assemelhar a filmes como “Busca Implacável”, com menos intensidade em seu enredo, personalidades que não conseguem transparecer suas emoções ou extrair mais afinco, como Carmem Delgado (Paz Vega).

(Imagem Filmes/Divulgação)
A chaga de “Rambo 5: Até o Fim” é não saber solidificar as entranhas de sua narrativa, deixando a experiência menos atraente, de forma que um herói nacional passe a ser motivo de risos, em suas execuções sanguinárias, deixando de lado toda a nostalgia do personagem que poderia ser remetida.
O caminho escolhido por Stallone para criar um desfecho para o personagem é, em sua totalidade, piegas. Se não fosse a essência que o próprio tem em criar um estereótipo de violência de suas ações, o filme seria totalmente passível de esquecimento. As boas cenas de ação entre o segundo e terceiro ato, com suas armadilhas viscerais e carnificina humana, dão um ar de “salvação” para a película.

Comments