Crítica | Pobres Criaturas

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2024 | 2 h 21 min | Comédia – Drama – Romance

(20th Century Studios/Divulgação) 

O longa, que vem enumerando indicações e consequentemente ganhando muitas delas, demonstrou o porquê de ter essas características, e tem sido tão falado mediante público e crítica.   

“Pobres Criaturas” tem seu charme e méritos para figurar em tantas premiações, apresentando uma história que à primeira vista pode parecer louca e superficial, muito devido a sua estética, e cenas de sexo, mas que com o decorrer de seu desenvolvimento se mostra muito dinâmico, relevante, afrontosa e principalmente muito bem escrita e filmada, culminando nesta bela obra que deveria ganhar um destaque maior do que imagino que irá ganhar aqui no Brasil.   

De maneira bem abrangente, a história acompanha Bella Baxter e sua jornada de aprendizagem e descoberta, mas tudo isso em meio a uma roupagem especial, que traz um diferencial para a obra, mas o grande mérito aqui vai para Emma Stone, que entrega uma personagem simplesmente incrível, com qualidades e defeitos muito bem definidos, apresentando uma curva de evolução de maneira brilhante, mostrando o porquê tem vencido como melhor atriz em tantas premiações.   

(20th Century Studios/Divulgação) 

Continuando a falar dos atores, também devo destacar Willem Dafoe como Dr. Godwin Baxter, Ramy Youssef como Max McCandles e Mark Ruffalo como Duncan Wedderburn, todos eles detêm um papel importante para a história, mais especificamente para o desenvolvimento de Bella, mesmo que alguns tenham mais importância e tempo de tela do que outros.   

O Longa tem circulado nos holofotes mundiais muito devido às premiações, mas muito também a quantidade de cenas de sexo, mas devo ressaltar que mesmo que realmente tenha inúmeras cenas do tipo, variando de leves a intensas, todas são importantes para a história, mesmo as que parecem desnecessárias, onde cada uma delas tem um peso para a evolução de Bella, servindo para completar a mensagem que o filme transmite, não tornando as cenas banais.   

Embora não possa falar muito mais a fundo sobre a mensagem e a história do filme, para não adentrar em spoilers, posso garantir que “Pobres Criaturas” tem uma bela mensagem a apresentar, e faz isso de maneira brilhante.   

(20th Century Studios/Divulgação) 

Sua duração é longa, mas não deixa o filme cansativo, embora ele perca um pouco do ritmo no meio e no final, onde uma simples mudança de eventos talvez fizesse o filme manter sua trajetória crescente sem engasgos, mas essas observações não estragam o longa de maneira alguma.   

Por fim, “Pobres Criaturas” traz uma poderosa mensagem em uma roupagem nova e interessante, com um roteiro magnifico, direção e fotografia excelentes, além de uma atuação magistral de Emma Stone, que abrilhanta e transforma o longa em algo que merece ser compreendido e assistido.