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Crítica | O Senhor dos Anéis: A Guerra dos Rohirrim

  • Foto do escritor: Gustavo Pestana
    Gustavo Pestana
  • 23 de dez. de 2024
  • 3 min de leitura

2024 | 2 h 14 min | Animação – Ação – Aventura – Drama – Fantasia

(Warner Bros. Pictures/Divulgação) 


Senhor dos Anéis está de volta aos cinemas, mas desta vez não é no comando de Peter Jackson e em live action, mas sim no comando de Kenji Kamiyama e em animação.  

 

O Senhor dos Anéis: A Guerra dos Rohirrim se passa 200 anos antes de Frodo iniciar sua jornada para destruir o um anel, e se foca em uma pequena história, que não se tinha muito registro, fazendo com que tenhamos uma história original dentro do mesmo universo das demais trilogias. 

 

Essa história em questão é sobre Helm Hammerhand e a maneira como o local que conhecemos como Abismo de Helm ganhou este nome, mas a grande sacada do filme é não focar no Helm, ou em seus dois filhos Haleth e Hama, que também possuem algum tipo de conhecimento na história geral da terra média, mas sim focando em sua filha, que até o momento nem nome havia.  

O Senhor dos Anéis: A Guerra dos Rohirrim (Warner Bros. Pictures/Divulgação) 

(Warner Bros. Pictures/Divulgação) 


Hèra é uma personagem que sabíamos que existia, mas não tínhamos nenhum tipo de informação, e trazer a história focando em sua personagem é a maneira perfeita de expandir a história, já que é necessário criar coisas para preencher as lacunas deixadas sobre essa batalha que de certa forma foi esquecida pelo povo.  

 

A maneira como a personagem é trabalhada, em meio a todos os acontecimentos, faz com que ela não mostre nenhum tipo de protagonismo, justificando o motivo de não ter nenhum registro de sua história, mas, ao mesmo tempo, refuta o motivo dela ser a protagonista do filme.  

 

Todos os personagens à sua volta são mais imponentes e resolvem os problemas de maneira mais efetiva ou rápida, deixando para ela ter o mínimo de protagonismo no final do terceiro ato, mas todos os demais obstáculos que foram surgindo ao decorrer do filme nos fizeram ver uma personagem despreparada e fraca narrativamente.

O Senhor dos Anéis: A Guerra dos Rohirrim (Warner Bros. Pictures/Divulgação) 

(Warner Bros. Pictures/Divulgação) 


Ela não conseguiu me cativar em nenhum momento do filme, ou ao menos transmitir o porquê ela é a protagonista da história, a única coisa relevante nisso tudo é a premissa. Ser a única filha mulher do rei e por isso ter uma super proteção, cria essa vontade imensa de ser livre e se provar mediante a seu pai e aos demais, fora isso, não consigo ver ou sentir nenhuma ação significativa da personagem para que a história ocorresse de uma maneira diferente.  

 

Todos os demais personagens são muito bem trabalhados e interessantes, até mesmo seus irmãos, que tem pouco tempo de tela, mas gostaria de trazer uma atenção especial para o próprio Helm Hammerhand, Wulf e Fréaláf, que são três personagens completamente diferentes, com visões diferentes e que conduzem a história de maneira muito mais assertiva do que a protagonista.  

 

Antes de continuar para os pontos positivos do filme, gostaria de deixar claro que minha frustração com Héra não tem nada a ver com o fato dela ser uma personagem feminina (fator que tem sido determinante para uma enxurrada de críticas negativas ao filme), o meu ponto é que trouxeram uma personagem como protagonista que não consegue desenvolver essa função na grande maioria do filme, reduzindo suas ações a praticamente nada, enquanto diversos outros personagens parecem ter mais protagonismo e poder de mover a história, e por isso trago essa decepção em minha análise.  

 

Partindo para os pontos positivos do longa, a animação é algo muito linda de se ver, o estilo “anime” clássico junto com um cenário 3D e todo o estilo e estética de Senhor dos Anéis faz com que a parte estética funcione muito bem, abrindo as portas para um novo público conhecer esse universo.  

O Senhor dos Anéis: A Guerra dos Rohirrim (Warner Bros. Pictures/Divulgação) 

(Warner Bros. Pictures/Divulgação) 


A trilha sonora é maravilhosa, até porque reaproveita diversas músicas da trilogia original, o que traz um senso de nostalgia e aconchego muito grande para o público que é fã.  

 

As inclusões de história para poder contar essa guerra, que de guerra só tem o nome, são muito interessantes, mostrando uma parte da história que é pequena comparada à grandiosidade das coisas que já tivemos, mas que, ao mesmo tempo, demanda uma urgência, sendo um dos pontos positivos do filme.  

 

Mas como mencionado anteriormente, sua protagonista é fraca, a motivação do vilão é no mínimo burra e o ritmo varia demais, tornando o filme lento e em determinados momentos, cansativo, mas mesmo assim, é um projeto dentro do universo de Senhor dos Anéis, então se você é fã deste universo vale a pena conferir ao filme, mas talvez valha esperar chegar na Max. 

Nota

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