Crítica | O Aprendiz – Festival do Rio
- Fagner Ferreira Seara

- 17 de out. de 2024
- 2 min de leitura
Atualizado: 21 de out. de 2024
2024 | 2 h 2 min | Drama – Biografia
(Diamond Films/Divulgação)
Donald Trump é uma das figuras mais peculiares dos Estados Unidos. Seus trejeitos, maneirismos e suas opiniões, na grande maioria extremistas, mostram uma personalidade forte e energética frente ao público que foi aprimorando ao passar dos anos. Suas conquistas pessoais foram determinantes para a evolução de filho dependente das aprovações do pai a um dos empresários mais bem sucedidos do mundo. Mas para chegar onde chegou, demonstrou sagacidade, sempre “atacando” o próximo para alcançar seus objetivos.
Em O Aprendiz temos a elevação de patamar que Trump (Sebastian Stan) foi conquistando com seus desejos, tendo um mentor bastante controverso ao seu lado, Roy Cohn (Jeremy Strong), um aliado em que moldou o ex-presidente americano como conhecemos hoje. Com as influências políticas do amigo advogado, ele não se dava por vencido jamais, sempre ao ataque e negando tudo que você dissesse contra ele, mesmo que fosse verdade, uma característica que marca até hoje a personalidade de Trump. Inclusive, o filme foi alvo de polêmicas por parte de Donald, que classificou o filme como um lixo em meio à disputa presidencial. Fato é que o diretor Ali Abbasi joga em um terreno perigoso dentro desta época que pode ocasionar um marco positivo para os planos Republicanos ou até mesmo uma vitória de bandeja para a reeleição Democrata.
As polêmicas vão além, mas todo o escopo é de conhecimento público, mesmo que algumas cenas sejam grotescas ou até mesmo chocantes. A verdade é que a acidez do diretor iraniano foi mostrar essa vivência de Trump em constante evolução escalonada. O recorte não é exatamente uma cinebiografia do empresário filantropo, vai mais profundo nas questões que mexem com um país ou pessoas que têm “rabo preso” perante a sociedade.
(Diamond Films/Divulgação)
A conjuntura de adversidades é o mais emblemático do filme, misturando as avarezas de Trump. Com uma filmografia penetrada quase que latente ao ator, somos introduzidos para as cenas em certas ocasiões que, por si só, são extremamente bem niveladas ao formato que lembram as fitas VHS que fizeram muito sucesso antes dos DVDS e mídias streamings.
Outro grande destaque do filme fica por conta das atuações do trio Sebastian Stan, Jeremy Strong e Maria Bakalova que são dignas de estarem presentes na próxima edição do Oscar. Além disso, o humor ácido e incisivo do diretor e a montagem também têm seu destaque notório no filme.
O Aprendiz não chega a ser tão polêmico quanto o ex-presidente vem esbravejando em sua rede social, entretanto, as características da narrativa mostram a soberba de um homem cujo pensamento é narcisista e demonstra o impacto que ele ainda tem sobre o domínio do mais alto escalão como foi abordado no filme.











































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