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Crítica | Não! Não Olhe!

  • Foto do escritor: Lobisomem Zumbi
    Lobisomem Zumbi
  • 25 de ago. de 2022
  • 2 min de leitura

2022 | 2 h 10 min | Terror – Mistério – Ficção científica

Não! Não Olhe! (Universal Pictures/Divulgação)

(Universal Pictures/Divulgação)


Após fazer sucesso com os seus dois primeiros filmes, “Corra!” e “Nos”, Jordan Peele volta com sua mais nova trama, “Não! Não Olhe!”

 

Assim como nos filmes anteriores, o diretor esconde bem a trama principal e não entrega o principal. Os trailers e teasers não passam informações suficientes propositalmente para embarcarmos na mente do diretor e sua nova proposta. Diante de um fato inusitado após a morte de seu pai sem alguma explicação convincente, OJ Haywood (Daniel Kaluuya), ao lado da sua irmã Emerald Haywood (Keke Palmer), fica responsável por administrar o rancho de cavalos da família que são treinados para produções cinematográficas. Com o surgimento estranho de coisas acontecendo no rancho, como o desaparecimento de animais, os irmãos precisam lidar com toda a questão enigmática e manter as contas em dia do lugar.  

 

Com essa proposta, Jordan Peele, incrivelmente, conecta o telespectador com sua história. O estranho fisga a atenção em cada cena, cada momento que vai se passando em tela com contornos dramáticos em grande escala de camadas. Diferentemente dos seus outros filmes, aqui o diretor trabalha de tijolo em tijolo o enredo, preparando o público para o delírio desses acontecimentos que estão em cheque. Não é mais um filme sobre alienígenas e sim o que exatamente essa situação enigmática pretende estabelecer durante todo o evento.  

Não! Não Olhe! (Universal Pictures/Divulgação)

(Universal Pictures/Divulgação)


Através de Steven Yeun (“Minari”), Peele consegue subverter uma trama cheia de porquês ao demonstrar a ganância de um homem que, custe o que custar, sempre tende a não ligar para o próximo. Isso é apenas uma vertente dentro da história com arquétipos totalmente sinuosos.  

 

Daniel Kaluuya está fantástico em seu papel, um homem simples, frio e que mantém os pés no chão diante dos acontecimentos, assim como Keke Palmer, grandiosa em sua atuação digna de premiações futuras. O que falta para “Não! Não Olhe!” ser um filme grandioso e a sua falta de ritmo, que em certos momentos decai, quebrando o elo que sustenta a história.  

 

“Não! Não Olhe!” pode estar abaixo dos seus outros trabalhos, mas Peele e a sua genialidade vão se perpetuando dentro do cinema como um diretor lúdico e pragmático. 


Nota

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