Crítica | Minha Mãe é Uma Peça 3

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2019 | 1 h 51 min | Comédia

(Downtown/Divulgação)

Com os filhos Juliano (Rodrigo Pandolfo), estando prestes a se casar com Thiago (Lucas Cordeiro), e Marcelina (Mariana Xavier), que será mãe de um filho do seu namorado Sol (Cadu Fávero), Dona Hermínia (Paulo Gustavo) agora procura se satisfazer em um novo estilo de vida, onde procura diversão com suas amigas e parentes, fazendo viagens, tours, e o principal, ser independente de homem para ser feliz, mesmo que seu ex-marido Carlos Alberto (Herson Capri) possa aparecer em seu caminho novamente, não dando chance para a terceira idade iminente.  

Porém, nem tudo funciona às mil maravilhas, já que as preocupações de mãe ainda fervem em seu coração.  

Se a comédia não fosse o prato principal desta trama, “Minha Mãe é Uma Peça 3” seria praticamente descartável. Com um roteiro totalmente desinteressante, mas é Paulo Gustavo que, mais uma vez com sua fluidez ao interpretar a personagem, salva o filme. Com piadas que podem ser engraçadas, tirando as mais variadas gargalhadas do público, outrora soam como uma tremenda empreitada de forçar o riso.  

(Downtown/Divulgação)

Nem mesmo o casamento homossexual entre Juliano e Thiago consegue seu brilho no filme, o real motivo desta terceira parte ter acontecido, já que o caminho atribuído aqui cai no velho clichê entre o temperamento entre as sogras dos noivos.  

Com poucos momentos que emocionam, como o do filho Juliano, que é zombado quando criança por escolher a fantasia de Emília, é absurdamente bizarro ver que os problemas são resolvidos de maneira fácil sem nenhuma complicação aparente, uma das rupturas que o falho roteiro entrega.  

Mesmo assim, a maquiagem com os diálogos cômicos em tela destoa, tudo isso hipnotizando o público. “Minha Mãe é Uma Peça 3” poderia trilhar algo melhor neste capítulo final de Hermínia e esquecer um pouco todo o humor clichê que já vimos em outras obras do mesmo gênero.  

Alguns temas presentes no filme são superficiais e poderiam ter um aprofundamento mais elaborado, já que havia disponibilidade de sobra para isso na trama.  

Faltou maior engajamento da direção e do próprio Paulo Gustavo em se jogar nesse mar de questões ideológicas e criar um engajamento forte para toda uma comunidade.