Crítica | M3gan
- Fagner Ferreira
- 19 de jan. de 2023
- 2 min de leitura
2023 | 1 h 42 min | Terror – Ficção científica – Suspense

(Universal Pictures/Divulgação)
Nos últimos anos, o terror vem reconquistando seu espaço dentro do cinema. O gênero vem tendo uma forte crescente no mercado com bons filmes que precisam ser mais originais do que nunca, sem ficar preso nos famigerados jumpscares e banhos de sangue.
“Chucky” é um dos personagens mais icônicos quando o assunto é brinquedo assassino. “Annabelle” teve seu grande destaque, sendo a última a fazer um grande barulho. “M3gan” é a nova aposta da Blumhouse nesse quesito, filme que tem a mente brilhante de James Wan.
“M3gan” é uma inteligência artificial projetada por Gemma (Allison Williams), uma engenheira robótica que trabalha para uma multinacional focada em brinquedos. Em meio ao luto pela sua irmã e cunhado, ela vai ter que lidar com a guarda da sobrinha Cady (Violet McGraw) e as pressões do seu chefe em recuperar a empresa após um plágio barato de um brinquedo pela concorrência.

(Universal Pictures/Divulgação)
Vendido como terror, “M3gan” foge um pouco das tramas semelhantes e abrange mais o suspense, uma ideia bastante perspicaz de Gerard Johnstone para dar profundidade às duas personagens principais do filme, ou três. Misturado com um ótimo equilíbrio de humor e sustos, a boneca é o centro das atenções. A inteligência se rebela contra aqueles que queiram fazer mal ao seu dono, melhor dizendo, companheiro. Aqui, “M3gan” é um protótipo que Gemma utiliza para não ter que lidar diretamente com sua sobrinha, porém todo esse roteiro terá sua reviravolta.
Simplório, sem muitas criações mirabolantes, o filme tem suas falhas de roteiro, principalmente quando se trata da multinacional, já que é jogado em tela as informações sem nenhum tipo de cuidado. Allison Williams é novamente destaque em papel desde “Corra”, porém nada que chame uma atenção especial. Violet e “M3gan” criam uma incômoda química de gato e rato, um acerto grandioso do filme que traduz bem os perigos tecnológicos nas mãos de uma criança.
“M3gan” é amedrontador, divertido e não precisa se ancorar em sangue para trazer resultado satisfatório no gênero terror, mesmo abordando características e os perigos das máquinas, alertando os pais sobre a evolução digital e suas dependências.

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