Crítica | Lucifer – Temporada 5 – Parte 2
- Fagner Ferreira
- 8 de jun. de 2021
- 2 min de leitura
2021 | 43 min | Policial – Drama – Fantasia

(Netflix/Divulgação)
Com a mudança da FOX para a Netflix, “Lucifer” ganhou mais fôlego e liberdade em criar novas histórias e para brincar com a mitologia celestial. A primeira parte desta quinta temporada já demonstrou que a série ainda tinha o que proporcionar para os fãs, seja qual for a trama que será demostrada nos novos episódios.
A segunda parte se inicia exatamente com a chegada de Deus na Terra, interpretado brilhantemente por Dennis Haysbert, um ser divino, mas com problemas que nós, humanos, temos quase que diariamente. E isso não foi por acaso, a quinta temporada foi a mais familiar e emocional, dando maiores profundidades para quase todo o elenco.
É Deus que rouba quase que por completo toda a sequência desses episódios. A sua presença faz com que Lucifer (Tom Ellis) pondere todos os seus questionamentos diante do seu Pai. O jantar celestial demonstra basicamente isso de forma inteligente. Os personagens ganham mais destaques aqui com todos os seus problemas, seja a escuridão dentro de Ella (Aimee Garcia), seja a aceitação de Dan Espinoza (Kevin Alejandro) ou até mesmos os incômodos de Lucifer, o lado paternal de Amanediel (D.B. Woodside) e a busca de uma alma para Mazikeen (Lesley-Ann Brandt), todos ganham camadas profundas em uma série que parece ser despretensiosa.

(Netflix/Divulgação)
Miguel (Tom Ellis) mostrou ao que veio nessa parte, o que já esperávamos dele para o enredo, com suas determinações e planos dentro do seu antagonismo, manipulando todos ao seu redor, inclusive Deus. Falando no Todo Poderoso, o Senhor é certamente a balança cômica da série, com problemas que o afetam, duvidando dos seus poderes e do que o futuro lhe reserva, futuro esse que sempre está em jogo em todos os oito episódios. Afinal de contas, o que está reservado para o encerramento da série com o gancho deixando a season finale?
“Lucifer” vem correndo sem medo contra o tempo, sabe que o ciclo está se encerrando e o triunfo de poder unir a melancolia celestial com os mortais humanos é o que ainda sustenta a série, fator fundamental para o sucesso da trama com o seu simpático elenco.

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