Crítica | Loki - Temporada 2
- Gustavo Pestana
- 11 de nov. de 2023
- 3 min de leitura
2023 | 50 min | Ação – Aventura – Fantasia

(Walt Disney Studios/Divulgação)
O segundo ano de “Loki” chegou ao Disney+ como uma lufada de esperança para o MCU como um todo, tanto em quesito qualidade, história, execução e atuação, tornando até difícil criar um raciocínio linear para enumerar tantas qualidades desta produção que ouso dizer que é a melhor desta nova saga e quem sabe, umas das melhores entre tudo que já foi feito no MCU.
Continuando do ponto em que finalizou seu primeiro ano, a série apresenta um conceito simples, salvar a TVA da destruição, e neste processo somos presenteados com um roteiro extremamente bem elaborado, abordando situações e introduzindo novos elementos que complementam a história de maneira irreal.
Tornando tanto esta temporada quanto a história como um todo algo maravilhoso, complexo em conceito, mas simples em execução, importante em para o desenvolvimento da Saga do multiverso e homenageando seu personagem principal de maneira nunca imaginada, tudo isso sem se perder no meio caminho, apresentando cada semana um episódio melhor que o anterior, criando uma escada de qualidade que termina na season finale que é simplesmente uma obra-prima.
A série se aprofunda nas ramificações dos acontecimentos do final da temporada passada, ou seja, todas as dificuldades geradas após Sylvie (Sophia Di Martino) matar Aquele Que Permanece (Jonathan Majors), além das novas perspectivas de Mobius (Owen Wilson) e B-15 (Wunmi Mosaku) ao descobrirem que são variantes e tem uma vida na linha principal.

(Walt Disney Studios/Divulgação)
Trazendo uma nova visão e função para a TVA e criando novos paralelos do que é certo e errado, mudando a maneira como se deve arbitrar sobre as vidas das variantes, indo de encontro diretamente com o problema das ramificações descontroladas da linha sagrada, ação que está danificando o equipamento de segurança e ameaçando destruir tudo, incluindo a TVA e todas as linhas temporais.
A abertura de espaço para personagens já existentes como Casey (Eugene Cordero) e a introdução de Ouroboros (Ke Huy Quan) e Victor Timely (Jonathan Majors) faz parecer que eles sempre tiveram destaque dentro da série, onde todas as interações e atuações são tão naturais que torna fácil amar e sofrer por estes personagens, criando uma empatia quase que instantânea, o que gera um senso de urgência muito maior para os eventos da série.
Mesmo que essa temporada tire um pouco do protagonismo de Sylvie e Ravonna Renslayer (Gugu Mbatha-Raw), e use ambas como meras coadjuvantes, suas personagens continuam com relevância para a história geral, mesmo que de maneira indireta, tudo devido à linha narrativa que a história escolheu seguir, focando esta temporada na TVA como um todo e no Loki de Tom Hiddleston, que mais uma vez apresenta uma atuação absurda.

(Walt Disney Studios/Divulgação)
Elogiar Hiddleston é praticamente desnecessário, onde basicamente todas suas aparições no MCU são simplesmente sensacionais, o nível de dedicação que este rapaz entrega para Loki é inigualável, as variações de postura e a ondulação de sentimentos que ele transmite é simplesmente sacanagem, ouso afirmar que aqui é a melhor atuação do ator como o personagem, e seu final reflete exatamente este ponto, tornando ele um símbolo muito merecido, colocando o personagem como um destaque absoluto.
Como dito logo no início desta crítica, o segundo ano da série é tão magistral que é difícil expressar o nível de emoção e delicadeza que foi entregue aqui, restando dizer somente que a Marvel tem esperança, basta ter boas histórias e bons roteiros, pois a magia e a emoção que o gênero entregava lá no início de suas histórias continua vivo, basta ter vontade e esmero como o produto.
Fazendo isso, teremos outros trabalhos tão magníficos, lineares e sem as variações de qualidades que temos recentemente, entregando ao público exatamente o que eles querem, uma boa história do início ao fim.

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