Crítica | Lamborghini: O Homem Por Trás da Lenda

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2023 | 1 h 37 min | Biografia – Drama – Esportes 

(Lionsgate /Divulgação) 

O longa é ambientado na Itália, e como o nome sugere, sua trama mostra a história (pelo menos parte dela) de Ferruccio Lamborghini (Frank Grillo), um jovem de uma família humilde de fazendeiros, com a ideia de construir tratores menores e mais eficientes, para melhorar tanto a fazendo de sua família, quanto ganhar dinheiro e reconhecimento para seu nome, culminando na rivalidade com Enzo Ferrari (Gabriel Byrne) e a criação do primeiro modelo de carro da marca, o Lamborghini 350 GT.  

Tudo isso em maio a diversos problemas no âmbito pessoal, familiar e profissional, demonstrando em diversos momentos escolhas um tanto quanto questionáveis e apresentando de uma maneira nada sutil a personalidade forte, genial e obcecada de Ferruccio pela empresa e reconhecimento.  

O longa é baseado na biografia “Ferruccio Lamborghini, the official story” (“Ferruccio Lamborghini, a história oficial”), escrita por seu filho, Tonino Lamborghini, e provavelmente por este fato, o longa se mostre tão pessoal em suas relações familiares e apresente o protagonista de maneira tão incisiva.  

Diferente de alguns filmes recentes que temos sobre criadores de marcas de carros famosas, este longa não tenta glorificar seu personagem, embora muita coisa tenha sido criada e romantizada para o roteiro do projeto, e também não foca na velocidade e nos carros em si, fator que seria o comum de ser usado no projeto, já que estamos falando de uma das marcas mais famosas do mundo.  

(Lionsgate /Divulgação) 

E por este motivo acredito que o filme tenha algo de diferente, mas seu roteiro arrastado e cansativo faz com que ele não ganhe força, fazendo com que ele não faça barulho entre o público, e provavelmente também não irá fazer com seu público-alvo, fazendo com que esta história fique perdida no tempo, até que alguém tenha o interesse de readaptar de maneira mais assertiva e que cative o público de maneira mais eficiente.  

Mesmo que o filme tenha boas atuações, como no caso de Frank Grillo (“Capitão América 2 - O Soldado Invernal”), que entrega um Ferruccio de maneira exemplar, passando toda a genialidade em relação aos negócios, e todo o “descaso” com sua família e amigos, criando dramas paralelos interessantes, onde por um lado sua carreira decola de maneira astronômica, e sua vida pessoal cada vez fica mais complicada e rasa.  

Por isso acredito que o longa tenha potencial, mas que infelizmente não é bem aproveitado, apresentando uma história rasa e que não irá chegar aos holofotes do público, tornando este um projeto que irá se perder entre tantos outros espelhos no gênero e estilo, sendo mais apelativos e que entregam algo mais dinâmico para o público.