Crítica | La Casa de Papel: Parte 4
- Fagner Ferreira
- 31 de mar. de 2020
- 2 min de leitura
2020 | 1 h | Ação – Policial – Drama

(Netflix/Divulgação)
Não é à toa que “La Casa de Papel” se tornou um dos maiores fenômenos da Netflix. A série, além de uma trama que envolve os nervos do telespectador, abriu portas para produções de língua espanhola, como “Elite”, “Narcos”, “Vis a Vis”, entre outras disponíveis no catálogo. Mas o que será que “La Casa de Papel: Parte 4” nos reservou para essa nova parte?
De início, já somos envolvidos nos acontecimentos do último season finale, a captuta de Lisboa (Itziar Ituño), a fuga do Professor (Álvaro Morte) e o funesto tiro que Nairóbi (Alba Torres) leva, deixando-a entre a vida e a morte.
Assim, o desenvolvimento da série parece deixar o assalto em segundo plano e focar nas relações emocionais do elenco, dando mais profundidade aos novos personagens dentro desse enredo, como Estocolmo (Esther Acerbo), Helsinki (Darko Peric), Bogotá (Hovik Keuchkerian) e Palermo (Rodrigo de la Serna).

(Netflix/Divulgação)
Tóquio (Úrsula Corberó) tem uma crescente evolução na narrativa após deixar seu romance com Rio (Miguel Herrán) de lado e estar mais engajada no plano do grupo. Já Professor se vê sem rumo após os acontecimentos, mas é crível como seu personagem consegue elevar a maior potência das suas habilidades em criar saídas mirabolantes. Berlim (Pedro Alonso) ainda rege sua astuta personalidade e continua sendo um importante ponto de ligação.
O arco destinado a Nairóbi (Alba Torres) é o mais trágico, sendo ele a combustão emocional rudimentar mais extrema presente na série, assim como a dúbia personalidade de Palermo, que aqui está mais cativante quando comparado à última parte.
“La Casa de Papel: Parte 4” se perde em algumas situações substâncias dentro da narrativa. Exemplo disso é a facilidade sobrenatural que Sierra (Najwa Nimri) tem em lidar com certas pistas, conseguindo ter êxito em suas ações, mesmo com um arco bastante interessante.
Por mais que essa nova parte seja mais intensa, com muito suspense, rodeado de violência e cheia de humanização, “La Casa de Papel: Parte 4” perde um pouco da verdadeira essência do “atraco” e assim esteja perdendo o fôlego. Agora é esperar a quinta parte, por Nairóbi!
Fagner Ferreira

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