Crítica | Knuckles
- Gustavo Pestana
- 3 de mai. de 2024
- 2 min de leitura
2024 | 30 min | Ação – Aventura – Comédia

(Paramount/Divulgação)
A primeira série do universo cinematográfico de “Sonic The Hedgehog” explora afundo um dos grandes personagens da saga do ouriço, o Echidna Knuckles, em uma jornada de autodescoberta, junto com talvez o personagem mais aleatório possível, Wade Whipple (Adam Pally), criando uma aventura leve, descompromissada, que diverte em alguns momentos, mas que não chega perto do nível que o filme apresenta.
A série é totalmente focada ao público infantil, e por isso ela tem essa pegada mais leve e boba do início ao fim, mas isso é algo que já era de se esperar, afinal, não faz sentido termos uma série dramática, sombria e pesada, tendo em vista que os longas não são neste estilo, mas devo concordar com a grande maioria das críticas sobre a série, que ela realmente se perde na premissa inicial e trabalha demais o passado de Wade, enquanto Knuckles vira coadjuvante em alguns momentos.
Esse protagonismo todo tem ligação direta com o enredo da história, já que ela é dividida entre Knuckles e Wade, apresentando uma jornada de amadurecimento de Knuckles totalmente ligada ao “amadurecimento” de Wade, mas este fato é chato na série, pois estamos aqui para assistir o Echidna, e não o policial idiota de Green Hill, sendo essa a principal diferença dos filmes, que focam praticamente todo o tempo no Sonic.

(Paramount/Divulgação)
Mas, se você mantiver o coração aberto, encontrará momentos dentro do arco do Wade que não são um total desperdício, já que é dentro dele que temos um crescimento imenso no Knuckles, fazendo com a série meio que “justifique” a importância do humano na série, mesmo assim não gosto da divisão de tempo e importância entre eles, tanto que nos dois últimos episódios, temos muito pouco do Knuckles, o que é um absurdo, afinal, a série é dele.
Esses pontos negativos não atrapalham o desenvolvimento da série se levarmos em conta seu público-alvo e a história que eles pretendiam contar, incomodando muito mais os idosos chatos (como eu) que esperava um desenvolvimento de lore, e algum tipo de ligação com o terceiro filme do ouriço, mas desde o início fica nítido que não é esse o propósito, e por isso eu consegui me divertir um pouco assistindo o meu personagem favorito de Sonic.
Tendo dito isso, concluo que a série é divertida e traz boas cenas do Echidna, mas que infelizmente não foi desenvolvida para mim, trazendo “vilões” estilo galhofa e um enredo clássico de superação, próprio para o público infantil, mas que de certa forma traz uma alegria para o meu eu jovem que cresceu jogando com esses personagens, e por isso não consegue desgostar por completo da série, além de obviamente trazer inúmeras referências ao universo dos jogos.

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