Crítica | King Richards: Criando Campeãs

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2021 | 2 h 24 min | Biografia – Drama – Esportes

(Warner Bros. Pictures/Divulgação)

Contar biografias através do cinema nem sempre é tarefa fácil para roteiristas. Pode ser um pequeno recorte da vida, fagulhas de uma carreira ou até mesmo buscar um tom em forma de protesto. As polêmicas, em todas as opções, andarão lado a lado, independente do que for escrito.  

“King Richards: Criando Campeãs” mostra um pai desesperado em encontrar um treinador de tênis para as suas filhas Venus Williams (Saniyya Sidney) e Serena Williams (Demi Singleton) e as tornar boas cidadãs através do esporte e melhorar a qualidade de vida da família que é cercada pela violência, drogas e racismo.  

Com Venus e Serena como produtores do longa, o recorte do longa vai mostrando cada passo das irmãs em busca do sonho através do plano de seu pai, interpretado por Will Smith, que sempre busca a melhor forma de ambas se destacarem. O trabalho do roteiro de Zach Baylin é categórico na ascensão das meninas, passando pelos ensinamentos e treinamentos de Richards até o momento de estreia de Venus em uma partida oficial de tênis.  

(Warner Bros. Pictures/Divulgação)

Will Smith está brilhante no papel de Richards, sob efeito de muita maquiagem e uns quilos a mais, o ator dá um show de competência necessária que o personagem apresenta. Outro bom destaque, além das atuações excelentes das personagens mirins que realmente entregam com maestria as irmãs Williams, é de Aunjanye Ellis, como Oracene, mãe das tenistas. Mesmo não tendo o foco do personagem título, ela sempre está no suporte e fazendo as coisas acontecerem paralelamente.  

Porém, nem tudo é tão maravilhoso quanto o filme retrata. Diante de tanta dedicação com Venus e Serena e suas outras irmãs presentes no filme, Sabrina Williams, filha de outro casamento, criticou arduamente o longa que enalteceu seu pai, sendo que o mesmo abandonou a família e outros quatro filhos logo no início dos anos sessenta.  

“King Richards: Criando Campeãs” é um filme espetacular dentro de seus parâmetros, um ótimo drama, porém não é a melhor atuação de Will Smith em fazer emocionar.