Crítica | It: Capítulo 2
- Fagner Ferreira
- 5 de set. de 2019
- 2 min de leitura
Atualizado: 11 de jul. de 2024
2019 | 2 h 49 min | Drama – Fantasia - Terror

(Warner Bros. Pictures/Divulgação)
Após 27 anos, o “Clube dos Otários” se reúne mais uma vez para uma missão antiga, que ainda amedronta a cidade de Derry e suas vidas: Pennywise.
Com o sucesso de “It: A Coisa”, era questão de tempo uma continuação acontecer. Andy Muschietti e Gary Daubermann, que atuam como diretor e roteirista respectivamente, precisariam elaborar uma história que prendesse o telespectador enquanto trata o horror sem rodeios.
Porém, essa função não foi muito bem realizada, mesmo com o ritmo frenético que o filme demonstra. A conjuntura da montagem envolvendo os dois elencos, a disposição de tempo e a maneira mal trabalhada do novo grupo de atores faz com que o longa fique exaustivamente piegas.

(Warner Bros. Pictures/Divulgação)
O elenco que foi escolhido não estiva mal no filme, pelo contrário, foi um dos acertos e funcionou perfeitamente na gama de perspectivas, a química entre eles é bastante satisfatória, como vimos na cena do restaurante no reencontro do grupo, se tornando um prelúdio do que iríamos ver dali para a frente.
James McAvoy e Jessica Chastain se destacam em seus papéis como os “protagonistas” do grupo. Bill Hader está fenomenal em seu papel como Richie Tozier, trazendo um equilíbrio de emoções que o seu personagem necessita. James Ransone, a meu ver, é o que melhor se destaca no filme, apresentando uma dosagem perfeita para o exagerado e responsável Eddie Kaspbrak, mantendo o humor de Jack Dylan Grazer da primeira parte, além de Bill Skargard manter a perfeição de seu Pennywise.

(Warner Bros. Pictures/Divulgação)
O verdadeiro pecado da exaustão citada anteriormente é o que delimita esse novo capítulo do filme. São quase três horas que podiam ser melhor aproveitadas, dando mais combustão à narrativa, criando algo mais robusto para a trama. As escolhas de apresentar os personagens adultos individualmente e a luta dos seus medos eram necessárias, mas não do jeito que foram abordados, desperdiçando tempo de filme.
“It: Capítulo 2" entrega um filme fiel e assustador ao conceito do livro de Stephen King, dando a conclusão que se pedia da primeira parte. O filme é um regozijo ao terror que celebra o gênero em suas referências, mesmo com os seus exageros de CGI que deixaram o filme menos realista e sua extensão de tempo.

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