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Crítica | Imaculada

  • Foto do escritor: Gustavo Pestana
    Gustavo Pestana
  • 30 de mai. de 2024
  • 2 min de leitura

2024 | 1 h 29 min | Terror 

Imaculada (Diamond Films/Divulgação) 

(Diamond Films/Divulgação) 


Sydney Sweeney está novamente nas telonas do cinema. A atriz, que esteve recentemente nos filmes “Todos Menos Você” e “Madame Teia”, agora protagoniza o suspense “Imaculada”.  

 

Em seu papel mais maduro da carreira até aqui, Sydney é Cecília, uma noviça que chega a um convento italiano após um drástico acidente ter ocorrido em sua vida nos Estados Unidos. Assim, a jovem freira logo vê seu propósito de vida, contudo pessoas estranhas e coisas esquisitas começam a rodear seu cotidiano na nova casa, onde ela terá uma jornada de caos, horror e muito sangue.  

 

Sim, basicamente o filme se escora no horror e no catolicismo para atrair o público, que cada vez mais está em baixa nos cinemas. Entretanto, a história de “Imaculada” é rasa, sem qualquer tipo de estrutura que possa ser reconhecida como um bom filme. Com um roteiro mediano, os famigerados jump scares estão presentes a todo momento do filme, artimanha bem usual sem qualquer tipo palpável para o enredo, que não sabe por onde andar no seu terceiro ato.  

 

Sydney até entrega bem seu papel como Cecília, demonstrando que a atriz tem sim um talento para o drama, após papéis bastante regulares. De começo inocente até a sua transformação visceral, diante dos fatos apresentados, em uma condução surpreendente, tornando-se, em raras vezes, um bom suspense do que vem pela frente.  

Imaculada (Diamond Films/Divulgação) 

(Diamond Films/Divulgação) 


Porém, as modificações feitas no roteiro culminaram em uma narrativa sem pé nem cabeça, jorrando informações confusas que não são explicadas e que se quer ter o trejeito de mostrar as conexões existentes.    

 

A grande surpresa do filme fica por conta de Álvaro Morte como Padre Sal Tedeschi. O ator consegue se desprender do Professor de “La Casa de Papel” com autoridade, demonstrando todo seu lado vilanesco e o que suas atitudes resultam, pelo menos o que, minimamente, o filme consegue demonstrar.  

 

Além disso, o ator consegue verbalizar bem inglês e italiano sem qualquer tipo de sotaque, com uma qualidade gigantesca. Benedetta Porcaroli também tem seu grande destaque no filme como a única amiga de Sydney, como sua Irmã Gwen.  

 

“Imaculada” até tenta demonstrar a sua mensagem sobre “milagres” da Igreja Católica em um terror caótico de ser assistido. Por outro lado, a direção de Michael Mohan poderia deixar mais claro qual a história que queria demonstrar e ser mais incisiva sobre mulheres serem tratadas como objeto somente para gerar o que o Homem quer, sem se ancorar em um terror piegas e batido de sua estrutura. 


Nota

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