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Crítica | Gladiador II

  • Foto do escritor: Gustavo Pestana
    Gustavo Pestana
  • 13 de nov. de 2024
  • 3 min de leitura

2024 | 2 h 28 min | Ação – Aventura – Drama 

(Paramount Pictures/Divulgação) 


O diretor Ridley Scott está de volta com a sequência de Gladiador (2000), sucesso indiscutível de público e crítica, que nos apresentou a história de Maximus (Russell Crowe), nos presenteando com um épico maravilhoso, mesmo com seus erros de produção, continuidade e fidelidade histórica.  

 

Scott volta a esse universo e nos entrega Gladiador II, dando sequência 16 anos após os acontecimentos do primeiro longa, e seguindo a história de uma das civilizações mais famosas do mundo, mesmo continuando trazendo alguns problemas de produção e fidelidade histórica.  

 

Na história, vemos Lucius (Paul Mescal) tendo de voltar para Roma como gladiador após seu lar ser conquistado pelos novos imperadores tirânicos de Roma. No Coliseu, ele se vê obrigado a olhar para o seu passado para encontrar força para devolver a verdadeira glória e esperança para Roma e seu povo.  

(Paramount Pictures/Divulgação) 


Muito do filme é semelhante com o primeiro filme, trazendo muito paralelos que te remetem à grandiosidade que foi o primeiro filme da franquia, embora quando chegamos na metade ele começa a tomar novos rumos e se guia para um final diferente do que podíamos imaginar.  

 

Este novo Gladiador não consegue chegar ao nível do épico que foi seu antecessor, mas isso já era imaginável. O mínimo que eu gostaria é que ele respeitasse o filme e não entregasse algo extremamente abaixo da média, algo a ponto de manchar a imagem do primeiro filme.  

 

E ele fez isso, entregou uma história bacana, repleta de boas cenas de ação e uma trama política ok, mesmo ela podendo ser um pouco melhor elaborada.  

(Paramount Pictures/Divulgação) 


Gladiador II não é um filme que vai mudar o paradigma do cinema ou que tenta superar seu anterior, ele simplesmente quer contar uma nova história que coincidentemente é continuação do longa de 2000.  

 

O roteiro poderia ser melhor elaborado, entregando menos conveniências (ação que normalmente não me agrada nada em filmes), e uma intriga política mais interessante e que não diminuísse muito o ritmo do projeto, diminuindo as barrigas criadas todas às vezes que adentramos essa parte da história.  

 

As atuações são excelentes, Paul Mescal manda bem na sua interpretação de Lucius, lembrando um pouco de Russell Crowe e seu Maximus, mas não tentando imitá-lo (pelo menos não tive essa impressão), Connie Nielsen volta a interpretar Lucilla e por sua vez manda bem no papel novamente, Pedro Pascal mais uma vez é o carisma em pessoal nos fazendo gostar mais de Marcus Acacius do que deveríamos, Joseph Quinn como Imperador Geta e Fred Hechinger como Imperador Caracalla entregam excelentes atuações, mesmo que tenham tido pouco tempo de tela e tenham deixado um gostinho para que tivéssemos mais desses personagens.  

(Paramount Pictures/Divulgação) 


Mas o grande destaque no quesito atuação vai para Denzel Washington interpretando Macrinus. Falar do nível absurdo de atuação de Denzel é chover no molhado, mas o que ele faz com esse personagem é maravilhoso. Muito da parte política do filme gira em torno dele, e por isso gostaria de ter visto um roteiro melhor trabalhado, para que pudéssemos aproveitar ainda mais sua atuação, mesmo com ele entregando algo belíssimo de se assistir.  

 

Gladiador II é um bom filme, que vai agradar à geração atual, e que provavelmente nunca assistiu ao clássico de 2000, e também não irá chatear os fãs do original com um filme que desrespeite o passado ou que tente superá-lo, sendo um filme na média do que foi esperado e proposto para o projeto. 

Nota

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