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Crítica | F1: O Filme

  • Foto do escritor: Gustavo Pestana
    Gustavo Pestana
  • 26 de jun.
  • 3 min de leitura

2025 | 2 h 35 min | Ação – Drama – Esportes

(Warner Bros. Pictures/Divulgação)


F1: O Filme é uma produção curiosa e ambiciosa. À primeira vista, transmite toda a grandiosidade dos melhores filmes esportivos, mas logo revela uma pegada visual que remete diretamente a Top Gun: Maverick, e não por acaso. As sequências de corrida são eletrizantes, com uma direção que coloca o espectador no coração da ação. Tudo é potencializado por um elenco de peso, liderado por Brad Pitt. Ainda assim, o tema central “Fórmula 1” pode representar uma barreira para parte do público brasileiro, já que o esporte não tem mais a mesma popularidade por aqui. 

 

Mas é justamente esse clima vibrante e carregado de paixão pelo automobilismo que transforma o longa em uma experiência envolvente. A atmosfera esportiva domina a narrativa, e o roteiro consegue apresentar de forma acessível todos os elementos técnicos das corridas (pelo menos todos os necessários para compreensão da história), permitindo que mesmo os leigos compreendam e se envolvam. A comparação com Top Gun vai além do estilo: o diretor Joseph Kosinski, que comandou Maverick, aqui dirige e assina a obra. E o roteirista Ehren Kruger, parceiro de Kosinski em Top Gun, coescreve o roteiro. Resultado? Uma linguagem cinematográfica intensa, estilizada e visualmente espetacular. 

 

Brad Pitt interpreta Sonny Hayes, o protagonista que deve atrair grande parte do público. No entanto, o filme não se apoia apenas em nomes famosos, ele entrega uma produção sólida em todos os aspectos: atuações consistentes, narrativa bem construída e um visual impactante. É um blockbuster com alma, que acerta tanto na forma quanto no conteúdo. 

(Warner Bros. Pictures/Divulgação)


Mesmo para quem não é fã de Fórmula 1, o longa oferece um equilíbrio ideal entre explicação e emoção. As informações sobre o esporte surgem naturalmente ao longo da trama, sem didatismos exagerados. Obviamente, para os fãs mais assíduos, todos esses elementos serão compreendidos com mais velocidade e de maneira mais assertiva, podendo até pegar nuances que não puderam ser percebidas por mim. 

 

Além de Pitt, o elenco conta com ótimas presenças como Kerry Condon, Javier Bardem e Shea Whigham. Mas quem me surpreendeu foi Damson Idris no papel de Joshua Pearce. Sua performance traz densidade emocional e funciona como um reflexo das reações do próprio público, em alguns momentos, é ele quem traduz o impacto da narrativa para dentro da tela, sem contar que ele funcionou muito bem atuando ao lodo de todos esses nomes citados acima, principalmente Brad Pitt

(Warner Bros. Pictures/Divulgação)


É difícil descrever exatamente o motivo de F1: O Filme funcionar tão bem. Talvez seja a junção de uma estética poderosa, personagens carismáticos e uma narrativa que nunca desacelera. O longa entrega tensão, emoção e uma construção dramática que vai além do esperado para filmes do gênero. 

 

Claro, não é perfeito. O roteiro repete algumas ideias ao longo da trama, apenas mudando a forma como elas são apresentadas. Mas esses deslizes são tão pequenos diante do conjunto da obra, que não chega perto de atrapalhar a experiencia como um todo. 

 

F1: O Filme é o tipo de filme que você deve assistir da melhor maneira possível, então se tiver oportunidade de assistir em uma tela de cinema com a máxima qualidade de imagem e som faça isso, pois você vai se sentir dentro do cockpit de um carro de corrida. 

Nota

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