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Crítica | Conclave

  • Foto do escritor: Gustavo Pestana
    Gustavo Pestana
  • 21 de jan.
  • 2 min de leitura

2025 | 2 h | Drama – Mistério – Suspense 

(Diamond Films/Divulgação) 


Conclave foi uma incrível surpresa, pois mesmo com o filme concorrendo a diversas categorias em diversas premiações diferentes, não cheguei a parar para ler sobre sua história, ou mesmo parei para assistir ao trailer, tudo o que sabia era que o filme tinha direção de Edward Berger, mesmo diretor de Nada de Novo no Front, e seu elenco possuía grandes nomes, como Ralph Fiennes, Stanley Tucci, John Lithgow, Isabella Rossellini entre outros, e que obviamente, sua premissa seria o conclave, que nada mais é do que a votação para se eleger um novo Papa. 

 

O filme todo é basicamente o ato do conclave, mas embora pareça que seja um filme religioso e que traga a igreja como algo divino e maravilhoso, não é bem isso que o filme apresenta. Ele mostra uma trama extremamente política que questiona diversas vezes seus representantes da igreja, mostrando falhas problemáticas em suas condutas e em suas relações com as pessoas e a própria instituição igreja, trazendo uma trama muito bem escrita, repleta de reviravoltas e muito, mas muito misteriosa e intrigante. 

 

Os caminhos de questionamento e armações que os personagens vão tomando para conseguir se tornar o Papa é extremamente interessante, suas jogadas políticas para difamar e acabar com as chances dos seus concorrentes vai contra todos os dogmas da religião e isso cria um contraponto muito único para a trama. 

 

Ralph Fiennes que interpreta Lawrence o responsável pela execução do conclave, assume uma posição quase como de investigador, tudo para tentar realizar uma cerimônia completamente justa, e ao decorrer do filme vamos descobrindo absurdo atrás de absurdo junto de seu personagem, nos fazendo questionar (assim como o personagem) os motivos divinos que envolvem toda essa situação. 

Conclave (Diamond Films/Divulgação)

(Diamond Films/Divulgação) 


A fotografia desse filme é linda e o ritmo do é muito preciso, mantendo a aura de mistério enquanto deixa em evidente o clima religioso, não caindo na armadilha de ser lento ou cansativo, mas, ao mesmo tempo, não é um filme acelerado que tem pressa para sua conclusão, mantendo o clima de tenção e que tudo pode acontecer até o final. 

 

Eu não irei entrar em detalhes da grande conclusão do filme ou em quem é escolhido como Papa, mas tenho que ressaltar que o caminho que o filme traçou até sua conclusão me pegou completamente desprevenido, ele deixa pistas sobre sua conclusão, mas são tão sutis e tão menos importantes (pelo menos momentaneamente) que você acaba as ignorando, e quando chegamos ao ápice e tudo vem à tona, faz com que você tenha no mínimo um choque, ainda mais quando você repara no caminho traçado para que isso pudesse acontecer. 

 

Conclave foi uma belíssima surpresa e um filme que me fez sair do cinema extremamente empolgado, entregando um roteiro bem escrito, com boas atuações, boa direção e boa premissa, fazendo jus de estar concorrendo a tantos prêmios nessa temporada, então se você gosta de cinema, vá assistir a este filme, acho muito difícil você não sair minimamente impactado com seu plot final. 

Nota

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