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Crítica | Capitã Marvel

  • Foto do escritor: Gustavo Pestana
    Gustavo Pestana
  • 7 de nov. de 2023
  • 2 min de leitura

2023 | 2 h 3 min | Ação – Aventura – Ficção Científica 

Capitã Marvel (Walt Disney Studios/Divulgação) 

(Walt Disney Studios/Divulgação


Apresentando até o momento de seu lançamento em 2019 o filme mais antigo na linha cronológica do MCU, “Capitã Marvel” tinha a tarefa de ligar o passado com o presente, e pavimentar a chegada da personagem para o ápice que foi “Vingadores: Ultimato”, apresentando uma das personagens mais fortes do universo, com sua origem cósmica e o motivo para não termos ouvido falar dela até o final de “Vingadores: Guerra Infinita”.  

 

Com isso, o longa estreou carregando milhões de pessoas para os cinemas, entregando uma história de origem simples, com personagens interessantes e respondendo questões que não sabíamos que queríamos respostas, como, por exemplo, os motivos para Fury perder o olho, e a sua vontade de criar um supergrupo para proteger a terra de ameaças externas.  

 

Além destes pontos, o longa foi o responsável por expandir a parte espacial do MCU, que até então tinha como lore somente o visto em “Guardiões da Galáxia” e “Guardiões da Galáxia Vol. 2”, entregando duas novas raças importantíssimas para a história e para o futuro, os Kree e os Skrull.  

 

De maneira ampla, o longa é bem construído nestes pontos, onde tudo faz sentido com o que foi apresentado anteriormente no MCU, o que neste filme seria o futuro, e toda a relação entre os Kree e os Skrull é bem trabalhada, mas existe uma área onde a longa peca, e ela é literalmente a parte que envolve a personagem principal, Carol Danvers (Brie Larson), que se demonstra uma pessoa com pouca expressão e que se torna um tanto quanto cansativa.  

Capitã Marvel (Walt Disney Studios/Divulgação) 

(Walt Disney Studios/Divulgação


A atuação de Larson é magnífica, mas a personalidade da personagem é estranha, talvez por tamanho o poder que possui, ou por seu passado conturbado com lacunas de informações que tornaram ela este ser “antissocial”, mas acredito que o principal é a maneira como o estúdio trabalhou o longa.  

 

Provavelmente por ter a estreia poucos anos após “Mulher Maravilha” da DC, o estúdio tentou criar um longa repleto de mensagens que parecem forçadas em alguns momentos e que força um empoderamento que não parece natural, criando momentos desnecessários, e que não fazem muito sentido com o longa, talvez se o estúdio tivesse criado um filme sem esses pensamentos e tentativas, ela se tornasse mais empoderada do que realmente foi apresentado e tivesse ganho o público de maneira mais eficiente.  

 

Esta espécie de barreira em torno da personagem, que repercute até os momentos atuais, de maneira desnecessária e sem nenhum sentido, faz com que o público tenha um preconceito com a personagem e o longa, mas com o decorrer do tempo ela se demonstrou uma personagem complexa e de muitas camadas, evoluindo e se tornando uma das grandes do MCU, e provando que uma coisa não tem nada a ver com a outra.  

 

Por isso, na minha opinião, o longa sofreu pelo preconceito de sua personagem ter uma personalidade difícil de ser vendida, mesmo com um filme interessante em relação à história, mas que não consegue conquistar o público de maneira satisfatória, mas que ele seja um filme muito bom dentro do universo em relação à importância, mas somente um mediano em termos de ranking da própria Marvel.   


Nota

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