Crítica | Beekeeper: Rede de Vingança
- Gustavo Pestana
- 10 de jan. de 2024
- 3 min de leitura
2024 | 1 h 45 min | Ação – Policial – Suspense
[ ATENÇÃO ESTA CRÍTICA CONTÉM SPOILERS ]

(Diamond Films/Divulgação)
“Beekeeper: Rede de Vingança” nos apresenta um homem misterioso, com um passado inexplorado envolvendo algum tipo de organização que o tornou extremamente perigoso e habilidoso, tanto em combate quanto em estratégia, que se vê em uma situação de vingança, após uma pessoa muito próxima acaba falecendo devido a uma atividade ilegal.
Se você achou familiar com a premissa de outra franquia encabeçada por Keanu Reeves, você não está ficando maluco. “Beekeeper: Rede de Vingança” é tenta ser “John Wick”, trazendo plots parecidos e buscando surfar no estilo que foi brilhantemente apresentado em 2014.
Mas infelizmente, o roteirista Kurt Wimmer não conseguiu amarrar a história tão bem quanto Derek Kolstad fez em “John Wick” transformando este longa em uma tentativa falha de ser algo parecido com o que foi “John Wick”.
Mas mesmo assim o longa não é um total fracasso, apresentando uma história que até a metade do longa pode se dizer que é coesa, mas que em determinado momento começa a se perder e escalonar de maneira surreal, tornando tudo um show of, dedicado somente a ação e mais nada, que por um lado não é um problema, desde que você esteja procurando este tipo de entretenimento.

(Diamond Films/Divulgação)
Jason Statham que também atua como produtor do longa, entrega um personagem com o seu estilo, solitário, calado e extremamente violento e perigoso, o que é de se esperar quando temos ele no elenco, entregando exatamente o que se espera dela no longa, e não tendo um tempo de tela excessivo como temos em alguns outros projetos do ator, aqui ele aparece quando necessário e a história é contada a seu redor.
Falando da história, os demais personagens que fazem esse fio condutor andar, como Emmy Raver-Lampman (Agente Verona Parker), Bobby Naderi (Agente Matt Wiley), Josh Hutcherson (Derek Danforth) e Jeremy Irons (Wallace Westwyld), que são os responsáveis por explicar muito dos acontecimentos e dos plots da trama, mas todos eles, são muito mal trabalhados, e não estou dizendo no sentido de atuação, mas sim em roteiro.
Como mencionado anteriormente, Kurt Wimmer não consegue entregar uma história bem trabalhada, então seus personagens são todos rasos, com pouquíssimas exceções e mesmo assim em somente um aspecto, mas diversas ações e motivações não são trabalhadas ou explicadas, elas simplesmente acontecem e você deve completar as lacunas.

(Diamond Films/Divulgação)
Mas mesmo que parece que o filme foi uma completa perda de tempo, temos de lembrar que não estamos falando de um filme que deva apresentar uma grande história repleta de momentos chave que irão fazer com que você fique impactado na cadeira do cinema e questione suas escolhas como pessoa.
Mas sim um longa que irá entregar porradaria frenética e o mínimo de coesão para tais ações, apresentando um objetivo final e todo o caminho até ele, que neste caso será matar uma galera, e neste ponto ele entrega o prometido, mesmo que seja um irmão feio dos filmes de Keanu Reeves.
“Beekeeper: Rede de Vingança” me entregou o que esperava e me divertiu na sala do cinema, apresentando cenas de ação divertidas, que fazem jus ao passado de Jason Statham, com uma narrativa simples e personagens satélites ok, culminando em um filme que eu veria novamente em uma tarde onde esteja a fim de ver uma ação leve com cenas de porradaria franca, no estilo de filmes que alimentam esse gênero tão amado no coração de todos nós.

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