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Crítica | Avatar: O Último Mestre do Ar

  • Foto do escritor: Gustavo Pestana
    Gustavo Pestana
  • 24 de fev. de 2024
  • 3 min de leitura

2024 | 55 min | Ação – Aventura – Comédia

Avatar: O Último Mestre do Ar (Netflix/Divulgação)

(Netflix/Divulgação) 


Trazendo para o live action a história do livro um da animação de 2005, “Avatar: O Último Mestre do Ar” adapta de maneira impressionante a história da animação, trazendo uma nova perspectiva dos acontecimentos em uma ordem inusitada, que em alguns momentos consegue superar o original, mas que de forma geral, falha em não trazer urgência para a história e acelerar demais alguns dos arcos principais do trio que encabeça a temporada.   

 

A série da Netflix focou sua atenção em adaptar os vinte episódios da primeira temporada da animação em oito episódios do live action, mesmo que a animação tenha a média de vinte minutos, e o live action tenha cinquenta minutos por episódio, conseguindo resolver a questão que mais preocupava os fãs.   

 

Mas surpreendentemente ela adapta muito bem a temporada em quesito dos acontecimentos, mesmo trocando de ordem e adiantando coisas que só veríamos em temporadas futuras, fazendo a história fazer mais sentido em alguns momentos, além de apresentar aqui a maioria dos personagens que serão importantes para a série, dando um pouco mais de escopo e tempo para eles.   

Avatar: O Último Mestre do Ar (Netflix/Divulgação)

(Netflix/Divulgação) 


Considerando tamanha competência na adaptação dos acontecimentos, é inacreditavelmente surpreendente, ela falhar no elemento mais simples possível, que é a execução de Aang (Gordon Cormier), Katara (Kiawentiio) e Sokka (Ian Ousley), fazendo eles terem arcos muito dramáticos e pessoais rápido demais, deixando um pouco a desejar o espírito leve e divertido que temos na animação, além de trabalharam muito separadamente, dando pouco tempo do trio unido, mas acredito que este fato tem a ver com uma peculiaridade que irei falar mais adiante. 

 

Outro ponto que a série derrapa é no andamento do arco principal do livro um, que aqui é substituído devido a este fato que ainda irei mencionar, mas que de forma alguma se compara com a urgência e a periculosidade e carisma que a animação entrega, fazendo os fãs sentirem essa falta agressiva, tanto das características do arco, quanto do andamento da história.    

 

Mas afinal, oque é este fator determinante que afetou tanto o andamento e o arco dos personagens nesta primeira temporada?    

 

Acredito fielmente que o fator determinante foi o orçamente extremamente alto que essa série recebeu para fazer a temporada, obrigando que ela seja um grande sucesso para que ela possa ganhar suas temporadas dois e três, e sabemos que a Netflix adora cancelar projetos no meio de sua execução e não ligando a mínima se a história não tem fim.    

Avatar: O Último Mestre do Ar (Netflix/Divulgação)

(Netflix/Divulgação) 


E por isso acredito que a série corre e cria minimamente um arco para cada um destes personagens, para caso ela seja cancelada, a primeira temporada seja minimamente uma história fechada, e o mesmo acontece com a urgência da história, pois se ela seguisse fielmente a animação, a passagem de tempo deveria ser mínima entre uma temporada e outra, coisa extremamente complicada quando trabalhada em live action, principalmente com crianças.    

 

E por isso ela não segue a mesma premissa da animação, mas acredito que, caso ela seja renovada, as temporadas seguintes seriam gravadas juntas, e aí, sim, a premissa original entraria em jogo e teríamos uma proximidade maior da animação nestes pontos.    

 

Embora pareça que eu esteja arrumando desculpas para a série, não é esse o caso, pois acredito que mesmo nestas condições, ela tinha a obrigação de ajustar a história em algo tão grandioso e poderoso quanto o material original, e não é exatamente isso que ela faz, mas, ao mesmo tempo, ela não entrega algo ruim, fazendo um trabalho na média, que me agradou bastante. 

Avatar: O Último Mestre do Ar (Netflix/Divulgação)

(Netflix/Divulgação) 


Não sei enquanto a expectativa da grande maioria das pessoas, mas a minha em relação à série, era entregar algo que fosse parecido com o original, mas não exatamente igual, pois honestamente, não vejo tanto sentido seguir os mesmos paços da animação, então esperava poder contemplar de maneira mais próxima possível da realidade esse universo, tendo em vista que o longa de M. Night Shyamalan de 2010 não conseguiu chegar nem perto deste fator.    

 

E é exatamente isso que ela me entregou, e talvez por isso eu tenha uma sensação boa com a série, principalmente pelas licenças de criação que ela apresentou, entregando cenas e relações que honestamente, não esperava receber, principalmente em relação à nação do fogo, que é muito melhor trabalhada aqui no live action do que na animação.    

 

Então, para mim, a série funcionou como uma expansão de conteúdo, que homenageia o material de que eu tanto gosto, servindo como outra maneira de me contar essa história, e que provavelmente não terá tantos problemas comparados a quem não assistiu à animação. 

 

Mas gostaria de ressaltar que a história abordada no live action, mesmo que seja parecida, não é a história da animação, e caso você tenha o interesse em dar essa chance, vale muito a pena assistir a “Avatar: A Lenda de Aang”


Nota

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