Crítica | Até os Ossos
- Fagner Ferreira
- 1 de dez. de 2022
- 2 min de leitura
2022 | 2 h 11 min | Drama – Terror – Romance

(Warner Bros. Pictures/Divulgação)
Luca Gaudagnino e Timothée Chalament estão de volta no mais novo filme do diretor, “Até os Ossos”. A dupla, que encantou todos os críticos em “Me Chame Pelo Seu Nome”, conquistando o Oscar de Melhor Roteiro Adaptado de 2017, tenta repetir a mesma fórmula de sucesso em um drama adolescente com um pouco de “gore”.
Maren (Taylor Russell) é uma adolescente comum em uma cidade americana, tentando fazer amigos e até encontrar novas paixões. Em uma noite, Maren foge de casa para se encontrar com suas amigas, porém um fato bizarro acontece, demonstrando que a adolescente não parece ser nada como os seres humanos normais. Com o abandono de seus pais, Maren vai ter que conviver com o seu lado canibal e a sua independência.
Baseado no livro homônimo de Camille De Angellis, Gaudagnino tenta romantizar a história em um formato sem apelação para o extravagante, entretanto a condução narrativa é meio vaga para uma proposta interessante e peculiar. Se no primeiro ato do filme temos uma base para entendermos toda a história, e até mesmo pessoas com as mesmas condições de Maren, o restante é desinteressante com uma entrega regular dos atores.

(Warner Bros. Pictures/Divulgação)
Mark Rylance é grotesco como Sully, incomoda pela sua personalidade, sendo um dos personagens mais interessantes da trama. Taylor Russel não convence como protagonista e só tem momentos brilhantes quando está acompanhado de Chalamet. Esse último tenta traçar um perfil de desconstrução de estereótipos como Lee, com altos e baixos que deixam a desejar pela qualidade que o ator possui.
“Até os Ossos” tem seu chamariz no título, mas decepciona se tenta vender como terror em um drama adolescente de sobrevivência sem qualquer tipo de empolgação, mesmo trazendo as metáforas sobre vivência em sociedade.

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