Crítica | Argylle: O Superespião
- Gustavo Pestana
- 1 de fev. de 2024
- 2 min de leitura
2024 | 2 h 19 min | Ação – Comédia – Suspense

(Universal Pictures/Divulgação)
O mais novo filme protagonizado Bryce Dallas Howard e Sam Rockwell estreia amanhã nos cinemas, e embora muito da história tenha forte ligação com spoilers, irei resumir rapidamente seu enredo e as sensações que o longa despertou em mim.
Sua história traz Bryce Dallas Howard (Elly Conway), uma escritora de livros que demostra ter uma habilidade única de prever o que irá acontecer no mundo real, já que exatamente tudo o que ela escreve em seus livros acaba virando verdade, e por essa característica se encontra no meio de uma trama rebuscada, com reviravoltas imensas e ações dúbias, dando o longa uma pegada de espionagem “real”, principalmente quando comparada com seu livro.
Essa premissa completamente fora da casinha se mostra muito divertida e o gatilho perfeito para iniciar essa história, que tem um pé muito firme na comédia e na ação, que com o decorrer do tempo, vai perdendo essa sua premissa inicial e vai ganhando camadas, mesmo que essas camadas sejam clichês, mas que aqui funcionam muito bem, sendo excelentes plots twists, que chegaram de surpresa e que fazem sentido com a história.

(Universal Pictures/Divulgação)
Ainda falando dos plots, quero ressaltar que por mais absurdos e “drásticos”, eles fazem sentido na construção do longa, tanto para trazer a ação que faz jus ao que o diretor Matthew Vaughn apresentou em outros filmes, como “Kingsman: Serviço Secreto” e “Kick-Ass - Quebrando Tudo”, quanto a comédia, que também é uma característica dos filmes citados. Realmente é muito complicado falar da atuação e da história sem entrar em spoilers, mas posso afirmar que todos os personagens possuem muitas camadas, com exceção das representações dos personagens do livro, sendo algumas melhores que outras, mas o importante aqui é a atuação de Bryce Dallas Howard, que se mostra muito confortável na comédia e na ação, variando sua atuação no decorrer do filme, além de seu carisma altíssimo.
A trilha sonora é muito boa, auxiliando demais a criar os climas necessários, além de ser um gatilho maravilhoso para trazer leveza e humor, a espionagem é sem dúvidas o principal no longa, e ele se inspira muito em outros filmes do gênero, sendo talvez a principal referência “O Vingador do Futuro”, que está presente em muitos momentos do longa.
Ele se mostra muito assertivo em criar atmosferas para que o filme evolua e responda os questionamentos que vão surgindo com as descobertas dos personagens, evolução que culmina em um final onde tudo fica amarrado e muito redondo, mesmo que muitas dessas respostas sejam clichês básicos do gênero de espionagem e possa trazer uma certo ar de mesmice, mas que devido às proporções e a roupagem do longa, não se demostra cansativo.

(Universal Pictures/Divulgação)
Já que eu não esperava muito do projeto, devida a sua premissa um tanto quanto doida, o longa conseguiu me surpreender de maneira positiva, me apresentando um longa divertido, com excelentes cenas de ação, que me fez rir em vários momentos, além de me prender em sua história de maneira razoável.
Exceto pela cena pós-crédito, que, a meu ver, não faz muito sentido e força um pouco a barra, mas não tem como falar dela agora sem entrar em spoilers imensos.

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