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Crítica | Ameaça no Ar

  • Foto do escritor: Fagner Ferreira Seara
    Fagner Ferreira Seara
  • 24 de jan.
  • 2 min de leitura

2025 | 1 h 31 min | Ação – Policial – Drama – Suspense

(Paris Filmes/Divulgação) 


Filmes com lugares claustrofóbicos sempre dão “pano para manga”. Os exemplos são diversos, desde o elevador de Demônio, passando pela cabine de telefone de Por um Fio e estando com um estranho em uma sala nos Jogos Mortais. É nesse ambiente rodeado de suspense que Mel Gibson lança seu novo filme, Ameaça no Ar

  

Madolyn (Michelle Dockery) é uma profissional da Força Aérea que acompanha Winston (Topher Grace), um fugitivo que está indo para seu julgamento prestes a entregar uma quadrilha mafiosa. O que eles não esperavam é que, no céu do Alasca, o piloto Daryl (Mark Wahlberg) esconde sua verdadeira identidade, sendo um mercenário integrante do grupo mafioso, e suas motivações passarão a atormentar o voo. 

 

A verdadeira ameaça que o filme tenta nos mostrar, de fato, nunca ocorre. As facilidades que o roteiro introduz sobre os fatos, as ações genéricas e o humor fora do tom criam uma atmosfera totalmente obsoleta e piegas. É inaceitável saber o que vai acontecer em cada passo da cena exibida, uma atrocidade atrás da outra. Além do trio de atores dentro do avião, que não imprime qualquer medo da situação presente ali, sem qualquer tipo de perigo, o elenco oculto também é bastante razoável em suas falas, emoções e modo de condução nos diálogos. 


Ameaça no Ar (Paris Filmes/Divulgação)

(Paris Filmes/Divulgação) 


O suspense prometido, a ameaça que esperávamos em tela, nunca ocorre, com ressalvas em alguns momentos pontuais que podem elevar o suspense, porém logo um diálogo irritante ou uma ação para facilitar certas coisas entram em ação e estragam a trama. 

 

Mark Wahlberg é um desperdício de talento em um papel que mostra um humor brega, falas genéricas e uma postura irritante ao ponto de ser descartado já nos minutos de conflito. O Winston de Topher Grace consegue transparecer um pouco de humanidade, mas seu humor forçado é totalmente sem graça e um personagem tagarela que rezamos para acabar logo com o filme. Michelle é a única que sustenta a autoridade da trama. Ela se envolve com seu personagem, tem um aprofundamento de sua história e vemos que suas ações sempre são tomadas em forma de reação. A entrega como Madolyn é crível, sendo a melhor parte do filme inteiro. 

 

Ameaça no Ar promete uma verdadeira ação com suspense no ar dos Estados Unidos, porém a falta de qualidade do roteiro comprometeu a execução do filme que, certamente será esquecível futuramente, sendo totalmente pastelão válido para filme pipoca com os amigos que não gostam de prestar devidas atenções. 

Nota

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